terça-feira, 29 de dezembro de 2020

FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL DEIXARÁ 48 MILHÕES SEM AJUDA DO GOVERNO


Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo


Fim do auxílio emergencial deixará 48 milhões sem ajuda do governo

Ministério da Cidadania trabalha com a volta do Bolsa Família e busca elevar o valor médio do benefício.


Micro e pequenas empresas já conseguiram R$ 32 bilhões em crédito dentro do Pronampe 


Com o fim do auxílio emergencial, 48 milhões de pessoas, sobretudo trabalhadores informais, ficarão sem ajuda financeira do governo federal a partir de janeiro, apesar do aumento de casos de Covid-19 e das restrições impostas a alguns setores para evitar aglomerações. A última parcela será paga pela Caixa Econômica Federal nesta terça-feira.



O pagamento será feito hoje a 3,2 milhões de brasileiros, encerrando o calendário iniciado em abril. De acordo com o Ministério da Cidadania, em 2021, só serão efetuados pagamentos resultantes de contestações administrativas e extrajudiciais e de decisões judiciais.


Em paralelo, o Ministério da Cidadania se prepara para o retorno do Bolsa Família, programa que atende a 19,2 milhões de pessoas — que, em abril, migraram para o auxílio emergencial.


O governo gastou até agora quase R$ 300 bilhões para pagar o auxílio a 67,9 milhões de pessoas. Isso só foi possível graças ao decreto de situação de calamidade pública, que termina no próximo dia 31 e criou o chamado Orçamento de guerra para despesas no enfrentamento da pandemia.


A equipe econômica chegou a propor alternativas para abrir margem no Orçamento, a fim de manter o apoio à parcela mais vulnerável da população. Mas as medidas foram vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que declarou que não tiraria de pobres para dar a “paupérrimos”, quando foram sugeridas medidas como ajustes em programas sociais existentes e congelamento de aposentadorias.


Há ainda a preocupação de não romper o teto de gastos, que limita o aumento das despesas.


Diante disso, o Ministério da Cidadania passou a trabalhar com a volta do Bolsa Família e busca elevar o valor médio do benefício de R$ 192 para R$ 200. Também há planos de incluir no programa mais 300 mil famílias, somando 14,5 milhões, dentro do orçamento de R$ 34,8 bilhões reservado ao programa em 2021.


Por outro lado, técnicos da equipe econômica avaliam que a atividade, apesar de fraca, não foi totalmente paralisada como ocorreu em abril, quando milhões de informais ficaram sem renda.


Além disso, apesar de os depósitos do auxílio emergencial acabarem este mês, o dinheiro vai continuar pingando. A Caixa vai liberar em janeiro os saques em espécie para cerca de 34 milhões de pessoas que nasceram entre março e dezembro e demoraram a ter o pedido autorizado pelo governo.


Também termina este ano o complemento do governo federal, previsto na medida provisória 947, para os trabalhadores que fizeram acordos de redução e suspensão de jornada e salário.


Há diversos pedidos do setor produtivo para a prorrogação da medida, mas isso também esbarra no fim da situação de calamidade e na falta de um Orçamento para 2021, que só deve ser aprovado pelo Congresso em fevereiro.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

OPERAÇÃO INVESTIGA CRIMES DE PECULATO E FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS; MANDADOS ESTÃO SENDO CUMPRIDOS EM PALMARES E ÁGUA PRETA



Operação investiga crimes de peculato e falsificação de documentos; mandados estão sendo cumpridos em Palmares e Água Preta

Foram emitidos onze mandados de busca e apreensão em endereços no Recife, Água Preta e Palmares.



Operação intituada de Fim de Jogo foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) — Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação


A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, nesta quinta-feira (17), a operação de Fim de Jogo, que visa investigar a prática dos crimes de peculato e falsificação de documentos. Foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão domiciliar no Recife e em Água Preta e Palmares, na Zona da Mata pernambucana, além de sequestros de bens e valores.


Peculato é o crime em que um funcionário público se apropria ou desvia um bem público em benefício próprio ou de terceiros. No entanto, a polícia ainda não detalhou que funcionário seria esse, nem onde ele trabalharia, embora tenha divulgado uma foto da prefeitura de Palmares e da Secretaria de Esportes do município.


De acordo com a Civil, as investigações tiveram início em janeiro deste ano e tiveram apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel), além de participação do laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB) e colaboração do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE).



Operação da Polícia Civil cumpre mandados de busca em Palmares, na Zona da Mata Sul, nesta quinta-feira (17) — Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação


As investigações foram comandadas pelo delegado Diego Pinheiro, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que integra o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).


Ao todo, foram escalados para cumprir os mandados da operação 70 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.


Detalhes sobre a investigação devem ser repassados em coletiva a ser realizada ainda nesta quinta-feira (17). O G1 entrou em contato com a comunicação da prefeitura de Palmares, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.


Estação Final


Também nesta quinta-feira (17), a Polícia Civil desencadeou outra operação, denominada Estação Final. As investigações começaram em setembro de 2019 com o objetivo de identificar e desarticular um grupo criminoso ligado a tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.



Comandada pela Delegacia Seccional de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul, a operação visou cumprir 19 mandados de prisão e oito de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pela Vara Única do município. Não foi informado quantos desses mandados foram para pessoas já presas.