Hoje eu quero falar com “Seu” João e perguntar a ele de onde vem essa dinheirama para comemorar essa festa que leva seu nome. Lembro muito bem e não faz muito tempo que sua festa era na base do quentão, da fogueira e do rojão e, de repente, tudo mudou para uma forma megalomaníaca sem igual, onde a fogueira apagou, o quentão ninguém quer mais, e o rojão ninguém mais ouve...
Explique-me “Seu” João, de onde vem essa dinheirama para pagar todo esse espetáculo para animar o velho e bom São João, pois, não existe nos anais da história desde lá onde surgiu nada que se pareça, com essa esperteza dos tempos atuais...
Digam-me donas prefas, de onde sai essa grana que as senhoras torram pagando altas somas para animar a festa, formando uma verdadeira indústria onde crise não existe... Responda-me “Seu” João, que relação é essa que o senhor tem com alguns gestores que fazem a festa durar 30 dias sem parar, faça chuva ou faça sol... Faça chuva ou faça lua...!!!
Diga-me “Seu” João, onde tem lá no Orçamento Anual desses Municípios essa despesa milionária e qual a fonte da Receita. Eu preciso tirar essa dúvida, porque entendo que podemos fazer festa sim, quando aquilo que gastamos não vai nos fazer falta, que não é o caso desses gastos todos, pois sabemos da penúria que vivem tantas e tantas cidades... Ou todos aprenderam a dar as famosas “pedaladas” fiscais...? Sim ou não...
Ah, já sei, a dinheirama vem das Fundações ou Secretarias de Cultura dos Estados é isso? E de qual poço cheio de “reais” os Estados tiram essa grana, quando sabemos que estão de pires na mão e para ser ético não vou mencionar aqui despesas importantes de um certo Estado, que estão em atraso por 3 a 4 meses...
Diga-me “Seu” João, se você sabe quantos esperam um lugar nas UTIs e ficam subatendidos naquelas tais salas vermelhas, quando não ficam a mercê da sorte pelos corredores? Diga-me, se souber, que enquanto altas somas saem dos cofres públicos por uma noite de alegria, quantas pessoas voltam dos Postos de Saúde sem receber uma simples dosagem de Dipirona, quanto mais uma aplicação de soro, ou dirá uma analgesia...
Diga-me, o quanto os patrocinadores dessa festa faturam e o que deixam para as cidades... Responda-me apenas uma dessas perguntas, “Seu” João, apenas uma, por favor! Mas, responda mostrando dados concretos para todos tomarem conhecimento do resultado entre o INVESTIDO e o RETORNO EFETIVO. E isso, poderia ser também estendido para aquelas tantas festas realizadas de Janeiro a Janeiro, cujo lucro certamente não é para a cidade que geralmente fornece toda infraestrutura...
Eu quero aprender para sempre a respeito disso, para nunca mais questionar sobre essa dúvida que tenho, e que não é apenas minha, mas, de muitos que não têm condições de vir aqui se expressar... E, salvo engano, já fiz essas ponderações em outra oportunidade, e como nada me foi respondido, estou voltando a perguntar...
Diga-me “Seu” João, quanto você gasta com esse pão e circo, que engana uns, mas ainda bem, que não engana a todos...!!!
Palavra final: Ah, já sei, vou dar uma olhadinha no Portal da Transparência para conferir se está tudo transparente por lá... “Seu” João, não se aborreça não, pois, é nosso direito e obrigação como cidadão lhe perguntar...
Agora, Anarriê (voltem todos aos seus lugares)!
São João acabou... As deficiências vão continuar.
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog. http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=inicio&pagina=1
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