IMPEACHMENT É APROVADO E DILMA ROUSSEFF DEIXA DE SER PRESIDENTE DO BRASIL, A PETISTA, NO ENTANTO, NÃO FICA INABILITADA PARA FUNÇÕES PÚBLICAS.



Dilma Rousseff (Foto: Mario Tama/Getty Images)
Após seis dias de julgamento, com intensos debates e ânimos exaltados, o Senado Federal acaba de aprovar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Foram 61 pelo impeachment, 20 contra e nenhuma abstenção. Dilma não fica, no entanto, inabilitada para funções públicas — já que tal ponto da votação não alcançou os 54 votos necessários. Ela é a segunda presidente na história brasileira a ser afastada após processo de impeachment, 24 anos depois de Fernando Collor de Mello ter o mandato abreviado.
Em uma sessão de julgamento histórica, o impeachment foi consumado nove meses depois de o então presidente da Câmara, o hoje deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter iniciado o processo na Casa. A petista já anunciou, no entanto, que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, nove ex-ministros de Dilma votaram no julgamento final do Impeachment. A maioria decidiu pela cassação do mandato de sua ex-aliada.
Os ex-ministros de Dilma que votaram a favor do impeachment foram Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Eduardo Braga (PMDB-AM), Marta Suplicy (PMDB-SP), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Edison Lobão (PMDB-MA). Já Armando Monteiro (PTB-PE), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) votaram contra o afastamento definitivo de Dilma.
Eram necessários ao menos 54 votos (maioria qualificada, referente a dois terços do total de 81 senadores) a favor do impeachment para que a presidente seja condenada.
A presidente afastada foi julgada pela acusação de ter praticado crimes de responsabilidade devido aos atrasos de repasses do Tesouro ao Banco do Brasil por despesas do Plano Safra (de crédito agrícola) e à edição de decretos de crédito sem autorização do Congresso. De acordo com o Senado, esses atos violaram dois artigos previstos na Lei de Impeachment. 
Primeira mulher a ocupar o mais alto cargo político do país, Dilma assumiu a Presidência, em seu primeiro mandato, no dia 1º de janeiro de 2011 sem nunca ter concorrido antes a uma eleição. Em 2014, foi reeleita com uma diferença de 3,3%, ou seja, de 3,5 milhões de votos, em uma disputa acirrada. Durante seu segundo mandato, Dilma enfrentou dificuldades políticas, em meio à crise econômica, à queda de sua popularidade e a escândalos de corrupção envolvendo integrantes de seu governo.

Guerrilheira à 1ª 'presidenta'
Aos 68 anos, Dilma Rousseff tem um longo percurso político, apesar de o primeiro cargo executivo ocupado por ela ter sido a Presidência do Brasil, em 2010. Confira sua trajetória:
1947 - Filha de um imigrante búlgaro, Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Anos 1960 - Iniciou seu contato com a política aos 16 anos, quando entrou para a organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), lutando contra a ditadura (1964-1985) e a favor de um governo socialista, nos moldes da Revolução Cubana (1959).
1969 - Perseguida, Dilma viveu na clandestinidade, utilizando codinomes para não ser encontrada pelas forças de repressão aos opositores do regime militar.
1970 - Foi presa e torturada pelo crime de "subversão".
1973 - Retornou a Porto Alegre e reiniciou os estudos de economia.
1976 - Deu à luz Paula Rousseff Araújo, sua única filha, fruto do relacionamento com o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, seu colega na guerrilha.
Final dos anos 1970 - Fez campanha pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita. Nos anos seguintes, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Rio Grande do Sul.
1986 - Assumiu como Secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre durante o mandato de Alceu Collares.
1989 - Com a volta da democracia, fez campanha primeiro pelo gaúcho Leonel Brizola e depois por Luiz Inácio Lula da Silva, seu futuro padrinho político.
1993 - Foi escolhida por Collares para chefiar a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo que ocuparia novamente no final dos anos 1990.
2001 - Tornou-se membro do Partido dos Trabalhadores (PT).
2003 - Foi chamada para liderar o Ministério de Minas e Energia após Lula se impressionar com seu trabalho em terras gaúchas.
2005 - Depois o escândalo do Mensalão, Dilma foi escolhida para substituir José Dirceu no Ministério da Casa Civil, permanecendo no cargo até março de 2010, quando oficializou sua campanha pela Presidência da República.
2010 - Foi indicada pelo presidente Lula para sucedê-lo, venceu as eleições e se tornou a primeira mulher na Presidência do Brasil.
2014 - É reeleita com margem apertada de votos, batendo o senador Aécio Neves em segundo turno, após acirrada campanha eleitoral.
2015 - Eleita com a promessa de dar continuidade aos programas sociais do PT, ela mudou o discurso após tomar posse, apontando na direção da austeridade. A atitude desagrada parte de seu eleitorado.
2016 - Em março, governo Dilma foi alvo de maior protesto já registrado na democracia brasileiros. Segundo dados da PM, 3,5 milhões de foram às ruas de cerca de 300 cidades em todo o país. Ainda em março, o anúncio de nomeação de Lula para a Casa Civil causou revolta. Com seu nome envolvido na Operação lava Jato, Lula receberia foro privilegiado com o cargo de ministro. O PMDB deixou a base governista e Dilma perdeu a maioria no Congresso. Em abril, com mais de 360 votos a favor, o processo de impeachment segue para o Senado. Em 12 de maio, com 55 votos a favor e 22 contra, Senado instaura processo de impeachment e Dilma é afastada do cargo por até 180 dias.

IMPEACHMENT É APROVADO E DILMA ROUSSEFF DEIXA DE SER PRESIDENTE DO BRASIL, A PETISTA, NO ENTANTO, NÃO FICA INABILITADA PARA FUNÇÕES PÚBLICAS. IMPEACHMENT É APROVADO E DILMA ROUSSEFF DEIXA DE SER PRESIDENTE DO BRASIL, A PETISTA, NO ENTANTO, NÃO FICA INABILITADA PARA FUNÇÕES PÚBLICAS. Reviewed by BLOG Catende No Rastro da Notícia on 16:31:00 Rating: 5

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