São Paulo – Além de desfiles, blocos de rua e festas, o domingo de carnaval deste ano será marcado por mais um evento: o 1º eclipse solar anular do ano. O fenômeno, raro devido à sua estreita faixa de observação, poderá ser visto em boa parte do Brasil e deve durar pouco mais de uma hora.
A passagem da lua na frente do sol acontecerá a partir das 10h45 e deve terminar às 12h30. No Brasil, quem mora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terá melhor visualização do evento. Isso também vale para quem estiver no sul da Argentina e do Chile, bem como na região centro-sul da África.
No Nordeste, os estados mais próximos do Sudeste, como a Bahia, poderão também acompanhar o evento.
O eclipse não será total, ele será anular. Isso acontece porque o disco da lua não estará com tamanho o suficiente para encobrir todo o sol. Por conta disso, veremos uma espécie de “anel de fogo” em volta do nosso satélite natural.
“Esse evento é raro por ser visto em uma faixa muito estreita do planeta. Todo ano temos ao menos um eclipse solar anular, mas como ele é visto em poucos lugares, tem gente que nunca o viu”, disse a pesquisadora Josina Nascimento, da Coordenação de Astronomia e Astrofísica do Observatório Nacional, em entrevista a EXAME.com.
Um eclipse solar só acontece quando a lua está alinhada com o sol e a Terra, em fase de Lua Nova.
“Os eclipses da lua e do sol sempre acontecem em datas próximas. Tivemos um eclipse lunar em 10 de fevereiro e agora temos um do sol. Isso não é coincidência”, declarou Nascimento, que indica as órbitas da lua e do sol como motivo para que eles aconteçam com intervalos próximos.
Outro eclipse solar irá acontecer em agosto deste ano, mas ele não será visível no Brasil.
Por meio de observação e cálculo, a previsão de eclipses já acontece desde 2500 antes de Cristo na China e na Babilônia. “A astronomia foi a mãe das ciências porque olhar o céu é algo fantástico”, afirmou a pesquisadora.
Como observar
Diferentemente do eclipse lunar, é preciso ter muito cuidado ao observar o sol durante o fenômeno astronômico. Usar óculos escuros ou filme de raio-X não é o suficiente. Claro, nunca se deve olhar para o sol sem proteção.
A solução é utilizar um telescópio com proteção contra raios ultra-violeta. Se você não tem um equipamento desses na sua casa, outra forma de observar o fenômeno é utilizar um anteparo, que pode ser algo tão simples quanto uma folha de papel com furos pequenos. Também será possível assistir o fenômeno via internet.
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