quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

SECA COMPROMETE PRODUÇÃO CANAVIEIRA DE PERNAMBUCO. A SITUAÇÃO É MAIS GRAVE ENTRE AS CIDADES DE TRACUNHAÉM E NAZARÉ DA MATA. OS EFEITOS DA ESTIAGEM - NO SEXTO ANO CONSECUTIVO DE SECAS - COMPROMETEM A PRODUÇÃO CANAVIEIRA DE PERNAMBUCO. DE ACORDO COM A ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA (AFCP), MESMO QUE CHOVA AGORA, O PLANTIO E O CRESCIMENTO DOS BROTOS PARA A PRÓXIMA SAFRA JÁ FORAM AFETADOS.











Seca compromete produção canavieira de Pernambuco
A situação é mais grave entre as cidades de Tracunhaém e Nazaré da Mata.

Os efeitos da estiagem - no sexto ano consecutivo de secas - comprometem a produção canavieira de Pernambuco. De acordo com a Associação dos Fornecedores de Cana (AFCP), mesmo que chova agora, o plantio e o crescimento dos brotos para a próxima safra já foram afetados. 

A situação é mais grave entre as cidades de Tracunhaém e Nazaré da Mata. Nessa região, a Associação relata que muitos canaviais estão totalmente secos. Em Carpina, por exemplo, ACFP calcula que as precipitações foram 208% menores do que o previsto para o período entre junho e dezembro do ano passado.

Mesmo na Mata Sul, onde o clima costuma ser mais favorável, as lavouras foram impactadas pela estiagem. “A seca também tem prejudicado significativamente a produção de cana nos estados de Alagoas e Sergipe. Em SE, há relatos até de usinas comprando água de carro pipa para findar a moagem da safra 2016/17”, informou Alexandre Andrade Lima, presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida). 

Presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha diz que os números atestam os prejuízos gerados pela estiagem persistente. “O Nordeste já chegou a produzir 60 milhões de toneladas e, este ano, deve gerar apenas 45 milhões. No caso de Pernambuco, a produção, que já chegou a 19 milhões de toneladas caiu para 11,5 milhões de toneladas na safra passada”, de­talhou.

Ele defende a criação de uma política emergen­cial por parte do Governo Federal para socorrer os produtores. “É preciso que os mi­nistérios da Agricultura e Integração formulem ações de curto prazo, mas com características estruturantes”, ponderou.

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