terça-feira, 4 de abril de 2017

COMPESA IMPROVISOU BARRAGEM PARA CONTER ÁGUA DO RIO PIRANGI - A PROFUNDIDADE É BAIXA; CERCA DE 1,50M O QUE CAUSA DIFICULDADE PARA QUE AS BOMBAS PUXEM A ÁGUA. MESMO COM A SITUAÇÃO, BOA PARTE DO LÍQUIDO NÃO CONSEGUE SER REPRESADO E DIFICULTA AINDA MAIS A CONTENÇÃO.



Compesa improvisou barragem para conter água do Rio Pirangi

A profundidade é baixa; cerca de 1,50m o que causa dificuldade para que as bombas puxem a água. Mesmo com a situação, boa parte do líquido não consegue ser represado e dificulta ainda mais a contenção.



Por G1 Caruaru

03/04/2017 12h09 Atualizado há 4 horas


Represamento do Rio Pirangi, em Catende (Foto: Mavian Barbosa/G1)



A equipe do G1 esteve na manhã desta segunda-feira (3) nas margens do Rio Pirangi, em Catende, na Mata Sul de Pernambuco. A cena no local chama atenção devido a forma que as águas do Rio estão sendo contidas, para ajudar no abastecimento das cidades do Agreste, entre elas, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Agrestina e Toritama, por exemplo.


A Compesa informou por meio de nota que "o barramento das águas do rio é provisório, visto que o nível dele está baixo por causa da falta de chuvas na região. O objetivo não é represar o rio, até porque isso afetaria o seu curso. A intenção é elevar a lâmina d´água para captar a vazão outorgada pela CPRH para uma altura suficiente que alcance o canal por onde passa a água que vai para o poço de sucção que alimenta as bombas da Estação Elevatória 1. É de lá que a água segue para a Estação Elevatória 2, às margens da PE-120, que bombeia para as tubulações do Sistema Prata".


Em relação à construção de banheiros e o encanamento das residências, a Compesa informou que se trata de salvaguardas socioambientais que estão previstas no convênio feito pela empresa e o Governo do Estado junto ao Banco Mundial, que foi o financiador da obra. Os projetos já foram concluídos e o processo está em fase de cotação e consolidação de orçamento.


Na primeira estação foi improvisada uma pequena represa com sacos de areia para que a água não escoe. A profundidade também é baixa. Cerca de 1,50m o que causa dificuldade para que as bombas puxem a água. Mesmo com a situação, boa parte do líquido não consegue ser represado e dificulta ainda mais a contenção.


Na opinião do ambientalista e professor João Domingos, uma chuva moderada pode aumentar o volume no local e a barreira será rompida facilmente. "Esse tipo represamento causa o efeito de marola. A água fica retida e forma pequenas ondulações, com isso, existe a vibração e proporciona o desabamento das margens e são arrastadas para dentro do rio", disse João Domingos.



O Sistema Adutor foi inaugurado na última quinta-feira (30) pelo governador Paulo Câmara. Ele esteve na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) no bairro Petrópolis.


De acordo com informações da Compesa, iniciativa vai melhorar o abastecimento de água na região e beneficiar mais de 800 mil pessoas. Além disso, vai ajudar a preservar o rio Prata, em Bonito, que abastece o Agreste e atualmente conta com apenas 14% da capacidade. A Compesa não se pronunciou sobre a improvisação da barragem.

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