quarta-feira, 5 de abril de 2017

MÚSICA - DANÇARINA DANI COSTA É A QUERIDINHA DO BREGA RECIFENSE. COM MAIS DE 150 MIL SEGUIDORES NAS REDES SOCIAIS, ELA É SENSAÇÃO ENTRE MCS E PÚBLICO. A NOVA FORMA DE DANÇAR BREGA TEM PASSOS DO FUNK, SUINGUEIRA, ARROCHA E ATÉ STILETTO.




MÚSICA - Dançarina Dani Costa é a queridinha do brega recifense. Com mais de 150 mil seguidores nas redes sociais, ela é sensação entre MCs e público.


Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco 

Publicado em: 05/04/2017 21:10 Atualizado em: 05/04/2017 21:57 

A nova forma de dançar brega tem passos do funk, suingueira, arrocha e até stiletto. Foto: Rafael Martins/ DP 


Uma nova forma de dançar brega surge incorporando elementos do funk, da suingueira, do arrocha e até do stiletto. O ritmo acelerado do brega de MC ou brega-funk - movimento representado por artistas como MC Troinha (Vai descendo e Banlança, balança), Dadá Boladão (Joga sujo e Revoltada), MC Menor, Sheldon Férrer, MC Cego, entre outros - permite que a dança ganhe contornos explosivos e contagiante. A dançarina Danielle Karla da Costa, 21 anos, conhecida como Dani Costa, é um dos nome da nova geração de bailarinas que têm destacado no cenário. 



Dani começou a dançar brega aos 16 anos, conquistou visibilidade e ganhou popularidade nas redes sociais. Ela acumula mais de 150 mil seguidores no Instagram e 56 mil no Facebook. "É o que eu gosto de fazer e quero levar a dança para o resto da minha vida. Acho que posso chegar ainda mais longe", acredita a dançarina que integra o corpo de balé do MC Troinha, ao lado de Vitória Kelly, a Japa (13,5 mil). "Quando entrei no mundo do brega me destaquei por ter o gingado da suingueira. Foi virando epidemia e todo querendo fazer igual", conta. 


"Quero levar a dança para o resto da minha vida. Acho que posso chegar ainda mais longe", diz Dani Costa, dançarina de Troinha. Foto: Rafael Martins/ DP 


"É um fenômeno recente. Os movimentos estão mais bruscos e ressaltam a bunda e as pernas. Para dançar tem que saber bater cabelo, fazer muito carão e dar close", aponta Jurema Fox, drag queen e cantora que acompanha o movimento há 12 anos. Outras dançarinas do meio também tiveram apelo nas redes sociais como Joyce Pereira (80 mil), Rachel Barros (60 mil) e Thays Aurino (11 mil), do balé de Sheldon Férrer e, Waleska Freitas (21 mil) e Raissa Araújo, bailarinas do MC Menor. "As dançarinas de MCs ou arrochadeira trazem coreografias ensaiadas. Dani é referência no mercado. Ela tem talento e carisma no palco. É contagiante vê-la dançar", aponta o produtor Caco Brasil, com passagem por bandas como Musa e Kitara. "As músicas estão coreografadas e isso faz o público querer aprender. A popularidade delas (dançarinas) ajuda muito no sentido de divulgação. Contribui para disseminar a música, o artista e a dança", analisa o produtor musical Thiago Gravações, criador do canal no YouTube homônimo que lança clipe de artistas locais. Dançarinas que acompanham artistas nacionais cumprem esse papel e são consideradas influenciadoras digitais. A exemplo, Lore Improta (dançarina do Faustão) com 1,2 milhões de seguidores, Arielle Macedo (Anitta) acumula 249 mil seguidores e Juliana Paiva - 228 mil seguidores (Léo Santana). 

Nascida e criada na periferia, no bairro Vila Popular, em Olinda, Dani se interessou pela dança aos 10 anos, quando passou a integrar o grupo de dança D'Pressão e participou de concursos de suingueira. Ao lado dos amigos Rhanderson, Caio e Walisson - que formam a "família Costa", começou a criar as próprias coreografias. O grupo costuma se juntar durante as tardes para gravar vídeos caseiros e divulgar nas redes sociais. Os clipes ganham destaque e alcanam mais de 500 mil visualizações. A oportunidade de trabalhar e ganhar dinheiro com a dança veio com o convite da dupla Dread e GG. Em seguida, ela integrou o balé do MC Menor. "No início minha avó ficava com medo, pelo fato de ser muito nova. Minha mãe me acompanhava aos shows e com o passar do tempo viu que não precisava mais". 

Atualmente no balé do MC Troinha, ela fatura pouco mais que um salário mínimo por mês e afimar que é o suficiente para pagar as "coisas dela". Dani mora com a mãe Hosana Ferreira da Costa, 43 anos, o irmão Carlos Daniel, 17 anos e a avó Ivanilda. "O dinheiro é dela. Não precisa contribuir com nada não", explica a mãe, dona de casa. A bailarina não concluiu o ensino médio, mas pretende retomar os estudos. 

Vaidosa, Dani compartilha selfies, fotos produzidas e divulga as lojas que patrocinam os figurinos, as unhas em gel e outros produtos. Os cachos loiros também chamam a atenção."Me perguntam muito como cuido do meu cabelo. Pensam que eu virei blogueira", se diverte. Uma cicatriz na barriga provoca a curiosidade das pessoas, mas não a incomoda. "Não ligo, mas sempre tenho que explicar. Foi uma cirurgia que fiz aos 14 anos por causa de uma apendicite". 

Ao lado dos amigos Rhanderson, Caio e Walisson - que formam a "família Costa", dançarina grava vídeos de coreografias. Foto: Rafael Martins/ DP 

Conheça a dançarina Dani Costa:

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