quarta-feira, 7 de junho de 2017

ALUNOS DA USP CRIAM VEÍCULO CAPAZ DE RODAR O PAÍS COM R$ 5. ALUNOS DA ESCOLA DE ENGENHARIA QUEREM MELHORAR PROTÓTIPO QUE DETÉM RECORDE NA SHELL EHO-MARATHON. EM 2013, OS ALUNOS CONSTRUÍRAM O FAÍSCA, QUE DETÉM O RECORDE NACIONAL E SEGUNDO LUGAR NO MUNDO NA SHELL EHO-MARATHON, COMPETIÇÃO ORGANIZADA NOS ESTADOS UNIDOS PARA ESTUDANTES. AGORA, OS FUTUROS ENGENHEIROS DA USP DESENVOLVEM UM NOVO PROTÓTIPO, O VENTURO. A IDEIA É DEIXÁ-LO AINDA MAIS LEVE PARA RODAR MAIS COM MENOS COMBUSTÍVEL. O PROJETO, CUJO VALOR APROXIMADO É DE R$ 20 MIL, DEVE SER CONCLUÍDO ATÉ O INÍCIO DE JULHO.


Alunos da USP criam veículo capaz de rodar o país com R$ 5

QUARTA-FEIRA, JUNHO 07, 2017 

 Alunos da Escola de Engenharia querem melhorar protótipo que detém recorde na Shell Eho-Marathon.
lunos da Escola de Engenharia da USP São Carlos (EESC) trabalham no aperfeiçoamento de um protótipo automotivo de altíssima eficiência movido a energia elétrica. Segundo os estudantes, o veículo seria capaz de atravessar o país carregando uma pessoa, do Oiapoque ao Chuí, com apenas R$ 5 de combustível.

Em 2013, os alunos construíram o Faísca, que detém o recorde nacional e segundo lugar no mundo na Shell Eho-Marathon, competição organizada nos Estados Unidos para estudantes. Agora, os futuros engenheiros da USP desenvolvem um novo protótipo, o Venturo. A ideia é deixá-lo ainda mais leve para rodar mais com menos combustível. O projeto, cujo valor aproximado é de R$ 20 mil, deve ser concluído até o início de julho.

Carro elétrico

O Faísca é um carro de três rodas impulsionado por um motor de indução instalado diretamente na roda traseira para evitar perdas na transmissão da potência. Ele é movido a energia elétrica provida por uma bateria de íon-lítio, instalada atrás do banco do piloto.


O veiculo é carregado por um cabo que é ligado em qualquer tomada padrão, 110V ou 220V. O procedimento demora cerca de duas horas e o carro consegue rodar aproximadamente uma hora e meia a uma velocidade de até 20 km/h.

Eficiência

Tanto o Faísca quanto o Venturo são protótipos de eficiência energética, mas de gerações diferentes. As maiores vantagens competitivas do novo modelo, inteiramente em fibra de carbono, são os estudos aerodinâmicos e de rigidez estrutural, evitando perdas.


Para transformar os veículos em protótipos urbanos, para que pudessem circular pelas ruas por exemplo, seria necessário equipá-los com acessórios e enquadrá-los às leis de trânsito brasileiras. O maior problema, entretanto, seria autonomia de rodagem e a demora para recarregar a bateria.

"Uma solução para esse problema seria uma rede de postos onde as baterias funcionariam como 'garrafas retornáveis'. O motorista entrega uma bateria vazia e recebe uma cheia. Há algumas iniciativas do tipo sendo testadas pelo mundo", explicou o estudante João Guilherme Cabeça.


Venturo


Venturo significa futuro, que simboliza a nova identidade da equipe. O grupo é formado por 40 alunos divididos em seis equipes, explicou o diretor da equipe, Hermano Esch, aluno do terceiro ano de engenharia mecânica.


Os alunos utilizam o laboratório do Núcleo de Manufatura Avançada da USP (Numa) e captam dinheiro com as comissões de graduação. A maior parte das ajudas extrauniversidade tem sido com produtos e serviços e ajuda técnica. O grupo tentam parcerias que envolvem cursos e conhecimento técnico.


"Nosso foco na universidade é gerar pessoas conscientes e gerar conhecimento também. Estamos preocupados com a sustentabilidade e no modo como pensamos e construímos o carro, o quanto ele impacta de fato no ambiente. A ideia é um veículo que agrida cada vez menos", disse Esch.


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