quarta-feira, 7 de junho de 2017

BORBOREMA E ASA BRANCA MANTINHAM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO PARA PREJUDICAR CONCORRENTES. A INVESTIGAÇÃO APONTA QUE A ASA BRANCA E A BORBOREMA SE BENEFICIAVAM DESSA SITUAÇÃO. O CORONEL DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO, CLÓVIS FERNANDO PEREIRA, E O ATUAL CHEFE DE FISCALIZAÇÃO E VISTORIA DO DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DE PERNAMBUCO (DER-PE), LAURENT LICARI, FORAM INDICIADOS POR CORRUPÇÃO PASSIVA. DE ACORDO COM INFORMAÇÕES DA DELEGACIA DE CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DECASP), ELES ORGANIZAVAM FISCALIZAÇÕES EM VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE ALGUMAS EMPRESAS ESPECÍFICAS NO INTUITO DE PREJUDICÁ-LAS. O CRIME ERA ORGANIZADO EM REUNIÕES ENTRE OS EMPRESÁRIOS E OS SERVIDORES PÚBLICOS. CLÓVIS E LAURENT SE REUNIAM PARA ORGANIZAR ONDE SERIAM OS PONTOS ESPECÍFICOS DE FISCALIZAÇÕES, DATA E HORÁRIO DAS OPERAÇÕES. OS EMPRESÁRIOS TAMBÉM PARTICIPAVAM DOS ENCONTROS PARA FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE LOCALIZAÇÕES EXATAS. "AS EMPRESAS DE TRANSPORTE CONCORRENTE ERAM PREJUDICADAS PORQUE SOFRIAM MUITO MAIS INFRAÇÕES, MULTAS E TINHAM VEÍCULOS APREENDIDOS", RELATOU A DELEGADA. A DENÚNCIA DO CRIME FOI FEITA PELAS EMPRESAS PREJUDICADAS E POR POLICIAIS MILITARES QUE PERCEBIAM A SITUAÇÃO E TERIAM FICADO REVOLTADOS COM A ATITUDE DOS GESTORES CLÓVIS E LAURENT. EM DEPOIMENTO PRESTADO À POLÍCIA CIVIL, O TENENTE-CORONEL E O ATUAL CHEFE DE FISCALIZAÇÃO DO DER NEGARAM AS ACUSAÇÕES E AFIRMARAM QUE REALIZAVAM SEU TRABALHO DE FORMA LÍCITA.



INVESTIGAÇÃO 

Publicada em 07/06/2017 às 17h08. Atualizada em 07/06/2017 às 17h08

Borborema e Asa Branca mantinham esquema de corrupção para prejudicar concorrentes.

A investigação aponta que a Asa Branca e a Borborema se beneficiavam dessa situação.

Por: Bruna Cavalcante Fonte:LeiaJá



O coronel da Polícia Militar de Pernambuco, Clóvis Fernando Pereira, e o atual chefe de Fiscalização e Vistoria do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), Laurent Licari, foram indiciados por corrupção passiva. De acordo com informações da Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública (Decasp), eles organizavam fiscalizações em veículos de transporte de algumas empresas específicas no intuito de prejudicá-las. 


Clóvis e Laurent recebiam benefícios em vantagens financeiras dos empresários Filipe Rodrigues de Melo, da empresa Asa Branca, e Osvaldo José dos Santos Farias, da Borborema. De acordo com a investigação, ao longo dos anos de 2015 e 2016, o coronel da PM recebeu uma quantia de R$ 64 mil em depósito bancário. "Ele não soube explicar de onde teria vindo esse dinheiro identificado em suas transações bancárias", disse Patrícia Domingos, delegada à frente do caso. 

O crime era organizado em reuniões entre os empresários e os servidores públicos. Clóvis e Laurent se reuniam para organizar onde seriam os pontos específicos de fiscalizações, data e horário das operações. Os empresários também participavam dos encontros para fornecer informações sobre localizações exatas. "As empresas de transporte concorrente eram prejudicadas porque sofriam muito mais infrações, multas e tinham veículos apreendidos", relatou a delegada. 

Enquanto as empresas que pagavam propinas eram beneficiadas sofrendo apenas algumas fiscalizações. "Empresas prejudicadas como a RCR e a Astrotur sofriam prejuízo porque eram expostas na mídia de forma negativa por não ser profissional, seus funcionários se atrasavam para o trabalho devido as constantes fiscalizações e a quantidade de multas era enorme", explicou Domingos. 

A investigação aponta que a Asa Branca e a Borborema se beneficiavam dessa situação porque além de ficarem com a imagem positiva, também conseguiam mais contratos, principalmente no interior do Estado. "Foi mencionado durante a investigação que caso a Astrotur perdesse contratos no interior de Pernambuco, a Borborema poderia facilmente abocanhá-los".

A denúncia do crime foi feita pelas empresas prejudicadas e por policiais militares que percebiam a situação e teriam ficado revoltados com a atitude dos gestores Clóvis e Laurent. Em depoimento prestado à Polícia Civil, o tenente-coronel e o atual chefe de fiscalização do DER negaram as acusações e afirmaram que realizavam seu trabalho de forma lícita. 

Mas, para a delegada, a investigação do caso foi bem clara e se baseou em provas como quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal. A polícia também ouviu muitas testemunhas presenciais. Clóvis e Laurent foram indiciados por corrupção passiva e os empresários Filipe e Osvaldo por corrupção ativa. Apesar disso, nenhum dos quatro foram presos. "Não pedimos a prisão porque esse crime não é praticado mediante violência ou grave ameaça. Mas pedimos o afastamento do chefe do DER", concluiu Patrícia. O Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco ainda não se pronunciou sobre o caso.

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