Sobe para 12 número de mortes por febre amarela no Rio
A principal preocupação é com Valença, que concentra 42,4% dos registros da doença e 14 das vítimas
Por Agência Brasil
access_time31 jan 2018, 22h20 - Publicado em 31 jan 2018, 21h37
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Vacina: a febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e atinge humanos e macacos (Douglas Engle/Bloomberg)
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou hoje (31) mais uma morte por febre amarela. A vítima é do município de Sumidouro. No total, o estado registra 12 óbitos pela doença desde o início do ano. As demais mortes ocorreram nas cidades de Valença (4), Teresópolis (2), Nova Friburgo (1), Miguel Pereira (1), Rio das Flores (1), Cantagalo (1) e Paraíba do Sul (1).
Ao todo, os municípios fluminenses somam 33 casos, incluindo as 12 mortes. Os dados levam em consideração o local de provável infecção. A principal preocupação é com Valença, que concentra 42,4% dos registros. Até o momento, a doença já fez 14 vítimas na cidade.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e atinge humanos e macacos. No meio rural e silvestre, ele é transmitida pelo mosquitos Haemagogus e Sabethes. Em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e chikungunya. Desde 1942 não há registro de febre amarela urbana no Brasil. A principal medida de combate à doença é a vacinação.
Macacos
De acordo com o informe da SES-RJ, há apenas um caso confirmado de febre amarela em macaco no estado do Rio de Janeiro. O animal foi encontrado em Niterói. O Instituto Jorge Vaitsman, vinculado à Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa) da prefeitura do Rio de Janeiro, é o responsável por realizar as necrópsias dos macacos encontrados mortos no estado. Um balanço divulgado na semana passada mostrou que mais de 130 primatas morreram desde o início de 2018. Cerca de 69% deles registram sinais de ataques por humanos, seja por espancamento ou envenenamento.
Assim como os humanos, os macacos são hospedeiros da doença e não transmitem a febre amarela. Nos animais, a infecção dura entre três e cinco dias e, após esse período, eles morrem ou se tornam imunes.
A Linha Verde, programa do Disque-Denúncia específico para delatar crimes ambientais no Rio de Janeiro, lançou uma campanha contra as agressões aos macacos. As denúncias podem ser feitas por meio dos telefones 2253-1177 (para chamadas na capital) e 0300-253-1177 (interior do estado, custo de ligação local) ou por aplicativo para celulares. De acordo com a legislação ambiental, matar animal silvestre é crime e o autor pode ser condenado a uma pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.
Caso alguém encontre macacos mortos ou com comportamento anormal – afastado do grupo, com movimentos lentos, aparentando estar doente -, a orientação da SES-RJ é informar a secretaria de saúde do respectivo município.
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