sábado, 28 de abril de 2018

MICHEL TEMER RECUA EM ANÚNCIO E DECIDE REAJUSTE MAIOR A BOLSA FAMÍLIA. NA REUNIÃO, CONTUDO, ELE RECUOU E PREFERIU DEIXAR A DIVULGAÇÃO PARA A TERÇA-FEIRA (1), DIA DO TRABALHADOR. Sob pressão da equipe política, o presidente Michel Temer alterou nesta sexta-feira (27) a previsão inicial e decidiu conceder um reajuste maior ao Bolsa Família. Em reunião, no Palácio do Alvorada, ele definiu que o aumento médio do programa social deve ficar entre 5% e 6%, maior que os 3% inicialmente discutidos. A inflação do ano passado ficou em 2,95%.

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Michel Temer recua em anúncio e decide reajuste maior a Bolsa Família
Na reunião, contudo, ele recuou e preferiu deixar a divulgação para a terça-feira (1), Dia do Trabalhador.

Michel Temer
Foto: EVARISTO SA / AFP

Sob pressão da equipe política, o presidente Michel Temer alterou nesta sexta-feira (27) a previsão inicial e decidiu conceder um reajuste maior ao Bolsa Família. Em reunião, no Palácio do Alvorada, ele definiu que o aumento médio do programa social deve ficar entre 5% e 6%, maior que os 3% inicialmente discutidos. A inflação do ano passado ficou em 2,95%.

O Palácio do Planalto temia que uma simples correção inflacionária pudesse ser usada por candidatos adversários como argumento de que o MDB faz pouco pela área social. No ano passado, o programa social não teve reajuste. Em busca de uma agenda positiva, o presidente chegou a afirmar que o aumento seria anunciado nesta sexta-feira (27). Na reunião, contudo, ele recuou e preferiu deixar a divulgação para a terça-feira (1), Dia do Trabalhador.

O valor maior é uma tentativa do Palácio do Planalto de construir uma marca social em ano eleitoral. Com uma reprovação de 70%, o presidente articula uma candidatura à reeleição para ficar em evidência e evitar que seu mandato perca apoios político e econômico antes do final do ano.

O anúncio do reajuste do Bolsa Família faz parte do pacote eleitoral montado pelo Palácio do Planalto para tentar viabilizar pelo menos o presidente como um fiador do processo eleitoral. O anúncio do reajuste deste ano estava previsto para março, mas foi atrasado por uma queda de braço entre as equipes econômica e política do governo.

O Planejamento defendeu no início do ano que não houvesse aumento. Já o Desenvolvimento Social queria reajuste entre 5% e 10%.



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