Recém-nascida é resgatada após ser enterrada viva por família em MT
Uma ligação anônima levou a polícia à casa onde a criança havia sido enterrada. Bisavô da bebê foi presa nesta quarta-feira (6)
© Divulgação/Polícia Militar
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JUSTIÇA CANARANA
Após uma denúncia feita à Polícia Militar, uma índia recém-nascida foi resgatada depois de ter sido enterrada viva, nessa terça-feira (5), em Canarana, a 838 km de Cuiabá. A ligação anônima dizia que a bebê havia morrido no parto e que a família tinha feito o próprio sepultamento no quintal de uma casa sem acionar o Instituto Médico Legal (IML). A bisavô da menina foi presa nesta quarta-feira (6).
Questionados sobre o caso, parentes disseram que só fizeram o enterro porque pensavam que a criança estivesse morta. Ela foi enterrada em uma cova de 50 centímetros de profundidade e pode ter ficado debaixo do solo por cerca de sete horas. A corporação só descobriu que a recém-nascida estava viva no momento em que agentes cavavam o local.
Mesmo tendo tido um afundamento no crânio, o estado de saúde da bebê é considerado bom. “Um dos policiais começou a cavar com uma enxada, com muito cuidado e devagar, até que puxou um pano. Nisso, ele ouviu um gemido, quase um choro, como se a criança estivesse resmungando. Ele gritou 'a criança está viva!’”, relatou uma policial, em entrevista ao G1.
Versão de familiares
Com 15 anos de idade, a adolescente disse que, após sentir contrações, foi ao banheiro e teve a filha em parto normal. “A criança caiu no chão do banheiro e bateu a cabeça. Eles [a família] ficaram observando e, como o bebê não chorou, nem esboçou reação, entenderam que estava morto. Um dos anciãos pegou essa criança, sem a mãe e a avó perceberem, e a enterrou”, comentou a policial. A mãe e a avó da criança foram levadas para a delegacia, onde prestaram depoimento.
Essa versão foi contada pela bisavó, Kutz Amin, de 57 anos, que alegou que a criança não chorou e, por isso, acreditou que estivesse morta. "Nós autuamos a bisavó por tentativa de homicídio. Ela disse que cortou o cordão umbilical e enterrou a menina”, explicou o delegado Deuel Paixão de Santana.
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