BRASIL - GOVERNO EXCLUI 603,8 MIL MORTOS NA REVISÃO DO CADÚNICO E INCLUI 1,3 MILHÃO DE LARES NO BOLSA FAMILIA
BRASIL
- GOVERNO EXCLUI 603,8 MIL
MORTOS NA REVISÃO DO CADÚNICO E INCLUI 1,3 MILHÃO DE LARES NO BOLSA FAMILIA
Também houve 20,5
mil exclusões voluntárias por meio do aplicativo do CadÚnico, ou seja, pessoas
que disseram não se enquadrar nas regras e saíram voluntariamente.
O programa vai contemplar 21,2 milhões de famílias neste mês e 9,8 milhões de famílias recebem mais recursos neste mês do que receberam em maio
O governo já concluiu 45% da revisão do Cadastro Único para
programas sociais, o CadÚnico. Iniciada em
março, a revisão da base de dados levou à exclusão de 603,8 mil pessoas com indicativo de óbito há mais de 12 meses e 921,9 mil famílias com cadastro
desatualizado há mais de quatro anos. Também houve 20,5 mil exclusões voluntárias
por meio do aplicativo do CadÚnico, ou seja, pessoas que disseram não se enquadrar nas
regras e saíram voluntariamente.
Com 42 milhões de famílias cadastradas (cerca 90 milhões de pessoas), o CadÚnico é um instrumento de coleta de dados e
informações feita pelos municípios que busca identificar todas as famílias de
baixa renda existentes no País para fins de inclusão em programas de
assistência social e redistribuição de renda. Ao Estadão, a Secretária de
Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do Ministério do
Desenvolvimento Social, Leticia Bartholo, informou que a meta é revisar 60% do
cadastro até dezembro.
As ações de busca ativa do governo por pessoas em situação de
vulnerabilidade nas cinco regiões do País permitiram a inclusão de 1,3 milhão de famílias no programa Bolsa Família, que conta hoje com 20,8 milhões de lares beneficiados.
A busca ativa é um dos principais braços da política de
revisão do CadÚnico, para garantir que as pessoas que realmente precisam
recebam o benefício de transferência de renda. A busca ativa acontece quando o
governo vai atrás de pessoas elegíveis para o programa.
No grupo
das famílias incorporadas ao Cadastro Único pela busca ativa, 210 mil são de
população mais vulnerável ou em situação de risco – entre elas, 41 mil famílias
de catadores de material reciclável, 16 mil de indígenas e 12 mil de residentes em
quilombos.
A revisão do cadastro começou a ser feita a partir de março pelo Ministério de
Desenvolvimento Social após a explosão dos benefícios concedidos a famílias de
uma única pessoa (unipessoais) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Essa
situação ocorreu porque famílias começaram a se “dividir” artificialmente para receber mais de
um benefício em razão do desenho mal feito, segundo especialistas, do
programa Auxílio Brasil, criado no governo Bolsonaro.
O resultado dessa fragmentação foi uma deformação dos dados do CadÚnico, que
começou a passar por um processo de revisão.
A
revisão já permitiu, em quatro meses, a redução de 5,88 milhões para 4,9 milhões
de famílias unipessoais, uma queda de quase um milhão de famílias, se
aproximando da situação que existia antes da pandemia da covid-19. O cronograma
de reavaliação segue até dezembro. Em março, o governo já havia identificado 1,2 milhão de
famílias que estavam recebendo o benefício de forma irregular. Essas famílias
foram retiradas do programa.
Em 19/07/2023 às 09:23 | Da Redação com informações de Estadão
Atualizado
em 19/07/2023 às 09:27
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