PERNAMBUCO SE UNE A AÇÃO NACIONAL PARA LOCALIZAR 1,6 MIL PESSOAS DESAPARECIDAS EM 2024
Laboratório de pesquisas / Foto: Divulgação.
Familiares das vítimas podem
cadastrar material genético no banco de dados
Pernambuco
está participando ativamente da Mobilização Nacional de Identificação e Busca
de Pessoas Desaparecidas, que começou na segunda-feira (26) e vai até o dia 30
de agosto. A iniciativa envolve a colaboração da Polícia Científica e da
Polícia Civil, ambas vinculadas à Secretaria de Defesa Social (SDS), e tem como
objetivo agilizar a localização de pessoas desaparecidas em todo o Brasil.
A
campanha é estruturada em três etapas principais: coleta de amostras de DNA de
familiares de pessoas desaparecidas, coleta de impressões digitais de
indivíduos vivos com identidade desconhecida e coleta de impressões digitais de
cadáveres não identificados. As amostras coletadas em cerca de 300 pontos de
coleta espalhados pelo país serão inseridas na Rede Integrada de Bancos de
Perfis Genéticos (RIBPG), facilitando a identificação de pessoas.
De
acordo com Jeyzon Valeriano, perito criminal e gestor do Instituto de Genética
Forense Eduardo Campos (IGFEC), o objetivo da mobilização é engajar os
familiares de desaparecidos a fornecerem amostras genéticas para melhorar as
chances de identificação. “O DNA dos familiares, uma vez inserido no banco, é
comparado com milhares de perfis genéticos de pessoas encontradas, aumentando
significativamente as chances de identificação, tanto para pessoas vivas quanto
para corpos não identificados”, explica Valeriano.
Para
participar, os familiares devem inicialmente registrar um Boletim de Ocorrência
(BO) em uma delegacia. Em Pernambuco, há 10 pontos de coleta espalhados pelas
unidades de perícia em todo o estado. A coleta de DNA é realizada de forma
simples e indolor, através de saliva, e também é possível submeter objetos
pessoais do desaparecido para ajudar na identificação.
Desde
o início de 2024, o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública
registrou 39.237 casos de pessoas desaparecidas no Brasil. Em Pernambuco, foram
contabilizados 1.694 casos entre janeiro e julho deste ano, em comparação com
2.860 registros em todo o ano de 2023.
Os
familiares que desejam participar da mobilização devem levar um documento de
identidade e o número do Boletim de Ocorrência ou uma cópia do mesmo para o
ponto de coleta. A coleta de material genético será utilizada exclusivamente
para a identificação de pessoas desaparecidas.
CBN RECIFE.
Fonte crédito https://novamais.com/noticias/108909/pernambuco-se-une-a-acao-nacional-para-localizar-1-6-mil-pessoas-desaparecidas-em-2024
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