Em PE, diarreia aguda atinge quase 150 mil pessoas este ano; já são 47 surtos no estado.
A doença pode ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal.
A diarreia aguda pode ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal (Foto: Free Images)
Com 149.640 casos registrados de doenças diarreicas agudas este ano (até o último dia 10), Pernambuco se mantém em alerta em relação à ocorrência do problema, causado por diferentes agentes, como bactérias e vírus. “No Grande Recife, observamos casos mais associados aos enterovírus. Já no Agreste e no Sertão, há mais registros relacionados à ingestão de água ou alimento contaminados”, diz o epidemiologista George Dimech, diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria Estadual de Saúde, GeorgeDimech.
O número de doentes deste ano já ultrapassa o do mesmo período de 2016, que teve 144.293 casos. Em comparação com o 1º semestre de 2015, o salto também é grande: hoje já são mais de 46 mil casos em relação aos primeiros seis meses daquele ano.
Atualmente, já há notificados 47 surtos (ocorrência de vários casos com o mesmo sintoma numa determinada localidade) – três a mais do que no mesmo período de 2016. Para todos os casos, vale investir em melhoria da qualidade da água, higiene pessoal e alimentar, como manutenção de condições sanitárias adequadas. Podem parecer medidas de fácil controle, mas infelizmente ainda são um desafio para muitos municípios.
Saiba mais
A diarreia aguda é uma doença de evolução autolimitada, ou seja, tem a tendência de ser resolvida pelo próprio organismo, com duração inferior ou igual a 14 dias. A manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. A doença pode ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal.
Além disso, a diarreia aguda corresponde a 16% dos atendimentos nas emergências pediátricas, e a 9% das internações em menores de 5 anos. A causa mais comum de diarreia aguda são as infecções, sendo que 74% delas são causadas por vírus, 20% por bactérias e 6% por parasitas.
O tratamento tem como objetivo principal avaliar o grau de desidratação e repor ou corrigir as perdas de líquidos. O soro de reidratação oral é o tratamento preferido para crianças com doença diarreica aguda.
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