sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

MORADOR DE ABRIGO PARAPLÉGICO EMOCIONA CIDADE AO PASSAR EM VESTIBULAR. Adrian Torres, 21, é morador do Abrigo Cônego Paulo de Nadal, em Porto Alegre e foi o primeiro do local a ingressar numa universidade. Adrian, que ficou paraplégico em 2013, vítima de uma bala perdida, fará parte do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Adrian Torres/Facebook

Morador de abrigo paraplégico emociona cidade ao passar em vestibular

Adrian Torres/Facebook

Adrian Torres, 21, é morador do Abrigo Cônego Paulo de Nadal, em Porto Alegre e foi o primeiro do local a ingressar numa universidade. Adrian, que ficou paraplégico em 2013, vítima de uma bala perdida, fará parte do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele convive com outros 50 moradores portadores de dificuldades motoras no abrigo e passou 2017 todo estudando em busca da vaga. “Estou achando normal, mas também estou preocupado, é tudo muito novo”, afirmou para o jornal local GaúchaZH.

Adrian foi retirado do convívio de sua família e estava se adaptando à vida em um abrigo do Estado quando foi atingido pelo projétil, que tirou seus movimentos do peito para baixo. “Foi bem difícil. Eu pensei que não ia mexer mais os braços. Nem sabia se ia poder voltar a estudar”, relembra. Ele estava no primeiro ano do ensino médio e passou três meses no hospital, precisando abandonar a escola. Em seguida, foi encaminhado para o abrigo onde mora hoje, que presta a assistência necessária para essas condições. No ano seguinte, o jovem retomou os estudos.

Apresentando problemas na mão por causa do incidente, Adrian utiliza um adaptador para escrever, porém esse fator faz com que leve mais tempo na escrita. As bancas examinadoras consideram essa dificuldade, liberando mais tempo para se fazer a redação. Porém, Adrian esqueceu de solicitar esse direito para o Enem e precisou entregar o texto pela metade. Entretanto, as coisas foram diferentes no vestibular da UFRGS, em que conseguiu o tempo extra e fez 19 pontos de 25 na redação. Em 2017, ele já havia sido aprovado em duas faculdades por meio do Enem, mas sonhava mesmo com a vaga na UFRGS. “Já fiz alguns cursos de informática, mas só o basicão. Vi que ia gostar da faculdade e que é um curso que tem futuro”, conclui Adrian.


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