quinta-feira, 24 de maio de 2018

GOVERNO E ENTIDADES ANUNCIAM ACORDO PARA SUSPENDER PARALISAÇÃO POR 15 DIAS. Após sete horas de reunião, o governo e um grupo de caminhoneiros anunciaram a suspensão, por 15 dias, da paralisação que afetava estradas de 22 estados e do Distrito Federal. Além de Padilha e do ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e do general Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a reunião conta com entidades como Fetrabens, CNTA, Unicam, Sinaceg, CNT, NTU e Federação dos Transportadores Autônomos de Carga.


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Governo e entidades anunciam acordo para suspender paralisação por 15 dias

Após sete horas de reunião, o governo e um grupo de caminhoneiros anunciaram a suspensão, por 15 dias, da paralisação que afetava estradas de 22 estados e do Distrito Federal.

Além de Padilha e do ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e do general Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a reunião conta com entidades como Fetrabens, CNTA, Unicam, Sinaceg, CNT, NTU e Federação dos Transportadores Autônomos de Carga.

A Abcam (Associação dos Caminhoneiros), contudo, disse que manterá o movimento e que não concorda com a política do governo. A associação, que representa 700 mil caminhoneiros, quer continuar com a manifestação até a isenção de impostos se transformar em lei, e abandonou a reunião antes que se chegasse em um acordo.

Talita Fernandes, Laís Alegretti, Julio Wiziack e Heloísa Negrão


Os caminhoneiros fazem bloqueios em mais de 400 pontos de rodovias federais em 22 estados e no Distrito Federal desde o início da manhã desta quinta-feira (24).
  • Nesta quarta-feira, Pedro Parente, presidente da Petrobras, disse que reduziria o preço do diesel em 10% por 15 dias
  • Reunião no Planalto com as lideranças dos caminhoneiros discute a extensão do desconto no diesel. Durante o encontro, os caminhoneiros se dividiram sobre a continuidade da paralisação e a Abcam abandonou o local.
A falta de combustíveis gerou filas em postos de gasolina em todo o país. Também sem abastecimento, frotas de ônibus foram reduzidas e, em São Paulo, a Polícia Militar anunciou que irá diminuir o número de viaturas nas ruas.
Aeroportos também correm risco de desabastecimento. Desde ontem, a Latam flexibilizou suas regras e não está cobrando remarcação voos. A Gol pede que os passageiros confiram as situação dos aeroportos antes de sair de casa.
As bombas secas nos postos e a paralisação nas rodovias também afetaram diretamente os estoques de suprimentos hospitalares. Em Santos, a vacinação contra Influenza A foi suspensa. No sul do país, cinco hospitais cancelaram cirurgias e nove correm risco de desabastecimento.
Confira abaixo cidades afetadas
  • Na cidade de São Paulo, a Polícia Militar reduziu o patrulhamento nas ruas, para economizar a gasolina das viaturas
  • Na zona oeste de São Paulo, motoristas ficaram quase uma hora em fila na avenida das Nações Unidas
  • No Vale do Paraíba, supermercado raciona alimentos

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