DESENVOLVIMENTO - CONEXÃO WI-FI CHEGA À BOCA DO INFERNO.
Sensores serão instalados dentro do vulcão Masaya, na
Nicarágua, para prever com maior certeza uma possível
erupção – ou até postar uma selfie a mais de 530°C
Sensores vão monitorar o vulcão Masaya, na Nicaragua (Foto: GE Reports/Qwake)
Na primeira parte do livro a Divina Comédia, o autor italiano Dante Alighieri
descreve o conceito de inferno para a época: nove círculos que se afunilam em
direção ao centro da Terra.
De acordo com essa ideia, em tempos passados, muitas pessoas acreditavam haver portais espalhados pelo globo que permitiam acesso a esse universo longínquo e bem quentinho. Um deles era o vulcão Masaya, na Nicarágua, que ganhou o simpático apelido de “Boca do Inferno”.
Atualmente, devido a suas características e por estar localizado a menos de 20 quilômetros da capital Managua, o Masaya não deixa de representar uma ameaça aos moradores da região. Pensando em resolver essa “batata quente”, o governo do país firmou uma parceria com o especialista e explorador de vulcões Sam Cossman e com a GE para fazer um mapeamento de todo o local com a instalação de 80 sensores wireless dentro da cratera.
Sam será o grande responsável por posicionar corretamente os aparelhos, que são tão pequenos que cabem na palma da mão. Para garantir que não derretam, foi utilizada a tecnologia de uma companhia espanhola, que protege os sensores em uma espécie de caixa hermética com vácuo em seu interior.
Vestindo uma roupa especial de alumínio, o explorador descerá cerca de 365 metros dentro do Masaya, de um total de 635 metros. Só para ter uma ideia, o “mergulho” de Cossman para instalar e testar a rede de sensores será 40 metros mais profundo do que a altura da Torre Eiffel, em Paris. Tudo isso enfrentando temperaturas amenas que podem variar entre 65°C e 530°C.
Uma vez funcionando, o sistema será capaz de captar e processar importantes dados em tempo real, como temperatura, pressão atmosférica, gravidade, informações sísmicas e alterações de diferentes tipos de gases (dióxido de carbono, dióxido de enxofre e sulfato de hidrogênio).
Dr. Guillermo Caravantes (direita), vulcanologista chefe da expedição, inspeciona os sensores (Foto: GE Reports/Qwake)
Depois de capturados, todos esses materiais serão transmitidos via internet para uma aplicação desenvolvida com base na Predix, desenvolvida pela GE para utilização na indústria. Trata-se de uma plataforma na nuvem capaz de armazenar e organizar dados levantados e transmitidos pelos sensores wireless.
A ideia é que diversos especialistas tenham acesso à plataforma e suas respectivas indicações. Além disso, um site mais “simplificado”, em que os dados serão traduzidos de forma clara e inteligível para leigos, poderá ser utilizado por moradores e turistas que visitam a região – o vulcão Masaya está localizado em um parque nacional, sendo possível fazer uma caminhada próximo à Boca do Inferno e Cratera Santiago. Essa última, bastante ativa, costuma produzir muita fumaça.
A instalação e testes de todo esse sistema, cujo principal desafio é funcionar corretamente em condições tão extremas, já estão a todo vapor! O melhor – além de evitar um possível desastre, claro – é que a equipe testa a eficiência dessa conexão postando tudo nas redes sociais. Para acompanhar, siga o @sam_cossman no Twitter, além dos perfis da@GeneralElectric no Instagram e no Snapchat.
A gente ainda não sabe se no céu tem pão, mas wi-fi no inferno já é uma certeza! :P
DESENVOLVIMENTO - CONEXÃO WI-FI CHEGA À BOCA DO INFERNO.
Reviewed by BLOG Catende No Rastro da Notícia
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