TRABALHADOR - 26,8 MILHÕES NÃO TÊM TRABALHO ADEQUADO NO BRASIL, DIZ PESQUISA DO IBGE QUANDO COMPARADO AO SEGUNDO TRIMESTRE DO ANO, ESSE CONTINGENTE AUMENTOU EM 425 MIL PESSOAS. NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017, AS MAIORES TAXAS FORAM VERIFICADAS NA BAHIA (30,8%), NO PIAUÍ (27,7%), EM SERGIPE (25,2%), NO MARANHÃO (24,9%) E EM PERNAMBUCO (24,5%). FOTO: MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
TRABALHADOR
26,8 milhões não têm trabalho adequado no Brasil, diz pesquisa do IBGE Quando comparado ao segundo trimestre do ano, esse contingente aumentou em 425 mil pessoas
Por: Correio Braziliense
Publicado em: 17/11/2017 17:41 Atualizado em: 17/11/2017 17:46
No terceiro trimestre de 2017, as maiores taxas foram verificadas na Bahia (30,8%), no Piauí (27,7%), em Sergipe (25,2%), no Maranhão (24,9%) e em Pernambuco (24,5%). Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O mercado de trabalho ainda vai levar algum tempo para se recuperar. Por mais que desemprego esteja em desaceleração, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou no terceiro trimestre do ano que fala trabalho adequado para 26,8 milhões de trabalhadores. É o que o instituto chama de subutilização da força de trabalho. São pessoas que se encontram em três tipos de perfil: as que estão desocupadas; ou que podem exercer alguma atividade, mas não estão a procura de um ofício; ou as que estão ocupadas, mas gostariam de trabalhar mais horas. Quando comparado ao segundo trimestre do ano, esse contingente aumentou em 425 mil pessoas. Em relação ao mesmo período do ano passado, subiu em 3,8 milhões.
A alta da subutilização da força de trabalho foi puxada no terceiro trimestre por um aumento expressivo de trabalhadores na força de trabalho potencial. São pessoas que estão em condições de trabalhar, mas não procuram uma atividade. Em algum aspecto, especialistas avaliam que houve um efeito de retomada do desalento, que é o fenômeno que consiste na desistência de pessoas de buscarem uma vaga por suporem que não conseguem uma oportunidade no mercado. No terceiro trimestre, eram 7,5 milhões de pessoas nessas condições.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a força de trabalho potencial subiu 7,2%. No segundo trimestre em relação ao primeiro, o IBGE constatou uma queda de 0,9%. Quando comparado ao mesmo período de 2017, a alta é ainda maior, de 23,3% -- quase o dobro da variação anterior.
Outro grupo de trabalhadores que pressionou a subutilização é o de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. São profissionais que estão ocupados, mas que gostariam de trabalhar por mais horas do que atuam. No terceiro trimestre do ano, eram 6,3 milhões de pessoas nessas condições, o que representou um aumento de 7,7% em relação ao segundo trimestre -- a segunda alta consecutiva. Frente ao mesmo período do ano passado, a alta foi ainda maior, de 30,8%.
A subutilização só não subiu mais devido a redução do desemprego. No terceiro trimestre, cerca de 13 milhões de trabalhadores estão desempregados. Por mais que seja um número alto, esse quantitativo de pessoas recuou 3,9% em relação ao segundo tri. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, subiu 7,8%, mas mantém uma trajetória de desaceleração nessa base comparativa.
TRABALHADOR - 26,8 MILHÕES NÃO TÊM TRABALHO ADEQUADO NO BRASIL, DIZ PESQUISA DO IBGE QUANDO COMPARADO AO SEGUNDO TRIMESTRE DO ANO, ESSE CONTINGENTE AUMENTOU EM 425 MIL PESSOAS. NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017, AS MAIORES TAXAS FORAM VERIFICADAS NA BAHIA (30,8%), NO PIAUÍ (27,7%), EM SERGIPE (25,2%), NO MARANHÃO (24,9%) E EM PERNAMBUCO (24,5%). FOTO: MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
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