COREIA DO NORTE MATA GRÁVIDAS E CRIANÇAS, ESTERILIZA ANÃS E FAZ EXPERIÊNCIAS COM HUMANOS
COREIA DO NORTE MATA GRÁVIDAS E CRIANÇAS, ESTERILIZA ANÃS
E FAZ EXPERIÊNCIAS COM HUMANOS
A Coreia do Norte cometeu violações dos direitos
humanos, o que inclui a execução de crianças e de mulheres grávidas, a
realização de experimentos humanos e a esterilização forçada de pessoas com
nanismo, revelou um relatório sul-coreano na última quinta-feira (30).
A ditadura também matou cidadãos por serem
homossexuais, por motivos religiosos e por tentarem fugir do país, diz o
documento. Outros abusos no país comandado por Kim Jong-un incluem escravidão e
tortura, segundo o tabloide Daily Mirror.
Outra história contada é a de uma mulher grávida de
seis meses que foi executada pelo regime após um vídeo mostrar o momento em que
ela aponta para um retrato do falecido Kim Il-sung enquanto dança em casa.
Depoimentos mais preocupantes revelaram que seis adolescentes,
de 16 e 17 anos, foram mortos a tiros, pois teriam sido acusados de assistir a
imagens de vídeo vindo da Coreia do Sul e fumar ópio em um estádio na cidade de
Wonsan, província de Kangwon.
O relatório ainda detalha que o regime fez
experimentos humanos com funcionários do equivalente ao Ministério da
Previdência Social, supostamente com chantagens às famílias para permitir que
os parentes se tornassem cobaias. Quem se recusa sofre ameaça de ser enviado a
campos de prisioneiros.
O extenso documento de 450 páginas é baseado no
testemunho de mais de 500 norte-coreanos que fugiram da terra natal e foi
coletado de 2017 a 2022.
Embora o Ministério da Unificação seja obrigado por
lei a fazer uma avaliação anual da situação dos direitos humanos no Norte, este
ano marca a primeira vez em que o relatório se torna público.
“O direito à vida dos cidadãos norte-coreanos
parece estar muito ameaçado. As execuções são amplamente realizadas por atos
que não justificam a pena de morte, incluindo crimes de drogas, distribuição de
vídeos sul-coreanos e atividades religiosas e supersticiosas”, disse o
ministério no relatório.
A Coreia do Norte rejeitou as críticas às condições
dos direitos no país e as considerou como parte de uma conspiração para
derrubar os seus governantes.
Embora as descobertas do governo sul-coreano não
possam ser verificadas de forma independente, elas estão de acordo com as
investigações da ONU e relatórios de organizações não-governamentais.
O relatório sobre a violação dos direitos na Coreia
do Norte foi divulgado no momento em que a Coreia do Sul busca destacar o
fracasso do país vizinho em melhorar as condições de vida da população local,
enquanto Seul corre para aumentar os arsenais nucleares e de mísseis.
A capital sul-coreana começou a compilar relatórios
anuais sobre os supostos abusos dos direitos humanos de Pyongyang em 2018, após
a promulgação das Leis de Direitos Humanos da Coreia do Norte, em 2016.
O governo anterior, liderado por Moon Jae-in, de
tendência liberal, evitou divulgar as informações obtidas, porque acreditava
ser necessário proteger a identidade dos desertores norte-coreanos que
testemunharam e desejava melhorar os laços com o líder norte-coreano.
O atual presidente do país, o mais conservador Yoon
Suk Yeol, expressou o desejo do governo de “expor totalmente” as “terríveis
violações dos direitos humanos” do Norte e, assim, informar melhor a comunidade
internacional sobre os acontecimentos no território.
Ele acrescentou que o estado ditatorial não merece
“nem um único centavo” de ajuda econômica enquanto persegue ambições nucleares.
(R7) https://www.sobral24horas.com/2023/04/coreia-do-norte-mata-gravidas-e.html
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