PE - POLÍCIA FEDERAL REALIZA OPERAÇÃO POR FRAUDE, LAVAGEM DE DINHEIRO E AGIOTAGEM NA PREFEITURA DE ÁGUA PRETA
PE - POLÍCIA FEDERAL REALIZA OPERAÇÃO POR FRAUDE, LAVAGEM DE DINHEIRO E AGIOTAGEM NA PREFEITURA DE ÁGUA PRETA
O nome da Operação, extraído de uma passagem
bíblica, faz referência ao meio utilizado por Deus para fazer desaparecer da
terra os vícios humanos, no caso presente, a malversação dos recursos públicos.
A Polícia Federal em Pernambuco, com
apoio da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, deflagrou na manhã
de hoje (23) a denominada Operação Dilúvio, com a finalidade de dar cumprimento
a 27 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional da 5ª
Região, no bojo de investigação que tem por objeto a apuração de crimes de
corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitação, lavagem de
dinheiro, agiotagem, entre outros, atribuídos a agentes públicos, servidores,
empresários e particulares. Segundo a investigação, o atual gestor de um
município, de Água Preta, Noé Magalhães (PSB) localizado na Mata Sul do Estado
de Pernambuco, teria contratado emergencialmente uma empresa para prestação de
serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do
município, chamando a atenção o fato de a empresa estar localizada a mais de
110km da sede do contratante, bem como, a constatação de que havia várias
outras empresas na região, atuando no mesmo ramo. Nesse sentido, apurou-se a
existência de indícios de relações pessoais estreitas entre o prefeito e o
verdadeiro proprietário da empresa contratada. Vale salientar que a empresa
envolvida foi contratada pela mesma Prefeitura com indícios de fraude ao caráter
competitivo do processo licitatório, sendo que até o presente momento a relação
contratual permanece vigente, não obstante os evidentes indícios de
superfaturamento. Ademais, durante a execução do contrato, restou comprovado
que o fornecedor custeou despesas com passagens aéreas internacionais em classe
executiva para o prefeito e sua esposa, a qual ocupa o cargo de secretária
municipal, o que caracteriza, em tese, o crime de corrupção. Ao longo da
investigação também foram coletadas evidências de utilização de diversas contas
de “laranjas”, empresas fantasmas ou de postos de gasolina para movimentar o
dinheiro desviado dos cofres públicos, e também decorrente de possível prática
de agiotagem por parte do prefeito.
Ao total, estão sendo empregados na presente
ação 140 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da CGU,
que cumprem 27 mandados de busca e apreensão nos municípios de Água Preta, Cabo
de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares,
Paulista, Recife e Tamandaré, locais da residências dos suspeitos.
As penas máximas estimadas para os crimes
investigados, somadas, podem ultrapassar 40 anos de reclusão. O nome da
Operação, extraído de uma passagem bíblica, faz referência ao meio utilizado
por Deus para fazer desaparecer da terra os vícios humanos, no caso presente, a
malversação dos recursos públicos.
Em 23/05/2023 às 07:35 | Da Redação
Atualizado em 23/05/2023 às 08:25
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