COMIDA PARA CRIANÇAS COM MICROCEFALIA EM PE CORRE RISCO DE APODRECER POR FALTA DE TRANSPORTE. UNIÃO DE MÃE DOS ANJOS (UMA) ARRECADOU 1,8 TONELADA DE ALIMENTOS E NÃO TEM COMO LEVAR PARA FAMÍLIAS NO INTERIOR DO ESTADO. Alimentos destinados a famílias de crianças vítimas de microcefalia em decorrência da síndrome do vírus da zika correm o risco de apodrecer por falta de transporte para o interior de Pernambuco. Segundo a União de Mãe de Anjos (UMA), 1,8 tonelada de comida foi arrecadada em um evento no dia 4 de março e estava prevista para ser entregue a partir da quarta-feira (4), no Sertão.


Comida para crianças com microcefalia em PE corre risco de apodrecer por falta de transporte

União de Mãe dos Anjos (UMA) arrecadou 1,8 tonelada de alimentos e não tem como levar para famílias no interior do estado.


Por G1 PE

03/04/2018 10h37 Atualizado há 1 hora



Alimentos doados estão armazenados na sede da União de Mãe de Anjos (UMA), no Recife (Foto: UMA/Divulgação)



Alimentos destinados a famílias de crianças vítimas de microcefalia em decorrência da síndrome do vírus da zika correm o risco de apodrecer por falta de transporte para o interior de Pernambuco. Segundo a União de Mãe de Anjos (UMA), 1,8 tonelada de comida foi arrecadada em um evento no dia 4 de março e estava prevista para ser entregue a partir da quarta-feira (4), no Sertão.


Segundo a presidente da UMA, Germana Soares, a entidade montou uma ação social e precisa de ajuda para realizá-la. Depois de recolher os alimentos e levá-los para a sede da entidade, no Recife, foi solicitado o apoio de logística ao núcleo da Secretaria Estadual de Saúde que trata da assistência a vítimas de microcefalia.


Germana conta que a viagem estava marcada para as 16h desta terça-feira. A distribuição das cestas começaria às 10h da quarta, em Arcoverde, distante 256 quilômetros da capital. Segundo ela, pedidos como este tinham sido atendidos em outras campanhas semelhantes.


“Na tarde de segunda-feira (2), ficamos sabendo que não teríamos como contar com o transporte. Alguns sacos de alimentos já estão com bichos e não sabemos o que fazer”, afirmou.


Ao todo, 1,8 tonelada de comida foi arrecada durate a ação e seria entregue a famílias no interior de Pernambuco (Foto: UMA/Divulgação)


A arrecadação de alimentos foi feita a partir de doações que marcaram a Semana da Mulher. No domingo anterior ao Dia Internacional, no dia 8 de março, duas mil pessoas se reuniram no Clube Português, na Zona Norte do Recife, para levar os donativos.



A União da Mãe de Anjos recebeu gêneros alimentícios e fraldas descartáveis, além de produtos de higiene pessoal. Com eles, foi possível montar 250 cestas básicas de médio porte.


“Na primeira parte da ação, a ideia é levar 150 cestas para o polo de Arcoverde, que atende mais 14 municípios. Na próxima semana, pretendemos beneficiar os moradores da região de Caruaru e de Limoeiro, no Agreste, com outras 100 cestas”, afirmou Germana.


A União da Mãe de Anjos tem oito filiais em Pernambuco, além da sede localizada na capital. São, ao todo, 399 famílias cadastradas. “No interior, estão as pessoas mais necessitadas. São cerca de 200 famílias, justamente as que mais preocupam, já que os projetos assistenciais se concentram no Grande Recife”, justificou.


A ação social prevê, ainda, um trabalho com uma equipe multidisciplinar, que ficaria responsável por manter contato com as mães das crianças. “Pretendemos levar psicólogo, assistente social e cuidador para ficar com as crianças enquanto as mães se mobilizam para fazer a distribuição da comida", explicou.


“Entramos em contato também com pessoas das universidades das regiões para ampliar a assistência. Ainda temos a esperança de conseguir uma forma de levar os produtos e, por isso, não desmobilizamos a estrutura montada”, observou.



Resposta




Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Saúde justificou, nesta terça-feira (3), não ter sido possível atender ao pedido feito pela entidade, como aconteceu em ações semelhantes, nos últimos anos. Por telefone, a assessoria de comunicação da pasta informou que não havia nenhum veículo disponível para fazer o transporte.


Segundo a secretaria, todos os carros com o tamanho necessário estavam mobilizados para ações do governo diretamente ligadas à área de saúde. A pasta também lamentou não ter conseguido atender a essa solicitação.


Germana Soares, mãe de Guilherme, que possui microcefalia (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)



Estatísticas



Desde o início de 2017 até o dia 15 de março, o Brasil teve a confirmação de 165 casos de microcefalia ou outras alterações de crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionadas ao vírus da zika. Ao todo, houve 541 novas notificações de casos suspeitos este ano. As informações são do Ministério da Saúde.


Segundo a pasta, houve 14 confirmações de mortes fetais e neonatais ligadas ao vírus e 16 confirmações de fetos com alterações no sistema nervoso central, abortos espontâneos e natimortos relacionados à infecção em 2017. Os dados do boletim incluem casos que ainda estavam em investigação na última semana de 2016 e podem ter sido confirmados no início de 2017.


Ao todo, entre casos confirmados e em investigação, 3.165 bebês estão em monitoramento, segundo o Ministério da Saúde: 21,1% recebem cuidados em puericultura (acompanhamento do desenvolvimento), 9,7% em estimulação precoce e 16% no serviço de atenção especializada.


Do total de casos suspeitos notificados em 2017, acrescido dos casos que permaneciam em investigação no fim de 2016, o estado com maior número de ocorrências é a Bahia (636 casos), seguida por Rio de janeiro (402), São Paulo (384) e Pernambuco (315).


Crise


Os casos de microcefalia passaram a ter notificação obrigatória no Brasil em novembro de 2015, quando o governo declarou estado de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos da malformação, fenômeno posteriormente relacionado à chegada do vírus da zika ao país.


No primeiro ano da emergência - desde o início da crise até o fim de 2016 - o país teve 2.205 casos confirmados de bebês afetados, de um total de mais de 10 mil notificações de suspeitas. Além disso, 259 mortes de fetos e recém-nascidos tiveram a confirmação de relação com o vírus.

COMIDA PARA CRIANÇAS COM MICROCEFALIA EM PE CORRE RISCO DE APODRECER POR FALTA DE TRANSPORTE. UNIÃO DE MÃE DOS ANJOS (UMA) ARRECADOU 1,8 TONELADA DE ALIMENTOS E NÃO TEM COMO LEVAR PARA FAMÍLIAS NO INTERIOR DO ESTADO. Alimentos destinados a famílias de crianças vítimas de microcefalia em decorrência da síndrome do vírus da zika correm o risco de apodrecer por falta de transporte para o interior de Pernambuco. Segundo a União de Mãe de Anjos (UMA), 1,8 tonelada de comida foi arrecadada em um evento no dia 4 de março e estava prevista para ser entregue a partir da quarta-feira (4), no Sertão. COMIDA PARA CRIANÇAS COM MICROCEFALIA EM PE CORRE RISCO DE APODRECER POR FALTA DE TRANSPORTE.  UNIÃO DE MÃE DOS ANJOS (UMA) ARRECADOU 1,8 TONELADA DE ALIMENTOS E NÃO TEM COMO LEVAR PARA FAMÍLIAS NO INTERIOR DO ESTADO.  Alimentos destinados a famílias de crianças vítimas de microcefalia em decorrência da síndrome do vírus da zika correm o risco de apodrecer por falta de transporte para o interior de Pernambuco. Segundo a União de Mãe de Anjos (UMA), 1,8 tonelada de comida foi arrecadada em um evento no dia 4 de março e estava prevista para ser entregue a partir da quarta-feira (4), no Sertão. Reviewed by BLOG Catende No Rastro da Notícia on 12:17:00 Rating: 5

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