Família cearense é dona do "banco da propina" investigado em Operação Caça-Fantasma

A Operação Caça-Fantasma - 32ª fase da Lava Jato - deflagrada na quinta-feira (7) mira uma das mais tracionais famílias cearenses no mercado financeiro: a família Pinheiro, tradicional no mercado bancário brasileiro desde a década de 1930, quando fundou o banco BMC.

Um dos alvos da operação é o FPB Bank, que atuava ilegalmente em solo brasileiro. O dono da instituição, com sede no Panamá, é o cearense Nelson Norberto Pinheiro, que a controla através do grupo Brickell, que também é dono da empresa de alimentos Ducoco.

Segundo a Polícia Federal, o banco atuava no País clandestinamente - sem autorização do Banco Central - captando clientes para abrir contas no Panamá, valendo do apoio do escritório Mossak Fonseca, com o qual mantinha uma linha telefônica direta pela internet para evitar grampos.

O escritório era conhecido como uma "fábrica de offshores" e foi alvo da 22ª fase da Lava Jato. Investigadores suspeitam que a maioria das transações feitas pelo banco sejam ilegais, já que ocultam a identidade dos clientes. Somente a pedido de funcionários do FPB Bank, a Mossack abriu pelo menos 44 offshores.

Rumos da investigação

Para o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PFD no Paraná, Igor Romário de Paula, ainda não sabe o tamanho que a apuração pode atingir, incluindo crimes não só de corrupção, já que outras estruturas estão sendo descobertas através das investigações na Mossack.

Até agora, investigadores apontam o ocorrimento de crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores de origem duvidosa.

Família Pinheiro

Após vender o BMC ao Bradesco, os irmãos Norberto e Nelson Pinheiro fundaram, em 1997, o Banco Pine - tradução em inglês da árvore que dá nome à família.

Instituição financeira de porte médio, o banco Pine não opera no varejo e só tem como clientes grandes empresas ou pessoas físicas dispostas a investir mais de R$ 100 mil.

Em 2005, Nelson vendeu sua parte na sociedade ao irmão, que virou o único controlador. Atualmente, Norberto é membro do Conselho de Administração, presidido pelo filho, Norberto Pinheiro Júnior.

Família cearense é dona do "banco da propina" investigado em Operação Caça-Fantasma Família cearense é dona do "banco da propina" investigado em Operação Caça-Fantasma Reviewed by BLOG Catende No Rastro da Notícia on 20:25:00 Rating: 5

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