EX-CAPITÃO DE MENINOS DA VILA LEMBRA DE QUANDO NEYMAR LEVAVA ‘TOCO’ EM FESTAS: ‘AGORA ELE TÁ MELHORZINHO’. EX-CAPITÃO DO SANTOS NAS CATEGORIAS DE BASE, O ZAGUEIRO RICARDO DUARTE ATUOU AO LADO DE GRANDES NOMES DO FUTEBOL BRASILEIRO COMO GANSO E NEYMAR. DEPOIS DE RODAR POR MUITOS CLUBES NA CARREIRA, ELE VIROU ÍDOLO NA BOLÍVIA, MAS HOJE LUTA CONTRA O DESEMPREGO. NASCIDO EM NOVA ANDRADINA, CIDADE LOCALIZADA NO INTERIOR DO MATO GROSSO DO SUL, O DEFENSOR FOI TENTAR A VIDA NA CAPITAL PAULISTA COM APENAS 13 ANOS DE IDADE.


Ex-capitão de Meninos da Vila lembra de quando Neymar levava ‘toco’ em festas: ‘Agora ele tá melhorzinho’

© Arquivo pessoal/ Cortesia Ricardo Duarte ao lado de Neymar e seu pai

Ex-capitão do Santos nas categorias de base, o zagueiro Ricardo Duarte atuou ao lado de grandes nomes do futebol brasileiro como Ganso e Neymar. Depois de rodar por muitos clubes na carreira, ele virou ídolo na Bolívia, mas hoje luta contra o desemprego.

Nascido em Nova Andradina, cidade localizada no interior do Mato Grosso do Sul, o defensor foi tentar a vida na capital paulista com apenas 13 anos de idade.

A primeira oportunidade em um clube grande veio quando um professor da escolinha onde treinava conseguiu um teste nas categorias de base do São Paulo, ao lado de mais dois companheiros. As coisas, no entanto, não aconteceram como esperado.

“Ficamos umas três semanas em São Paulo, e quando estávamos para finalizar a avaliação, o diretor da base na época, chamado Geraldo [Oliveira], nos dispensou alegando que nós éramos gatos [jogadores com idade alterada]. No fim, os dois outros que estavam comigo realmente eram”, contou ao ESPN.com.br.

De repente, se viu sozinho em uma cidade completamente desconhecida, não tendo a chance de fazer a única coisa que sabia: jogar bola.

Por sorte, lembrou-se que tinha família na Praia Grande, onde seu tio mantinha amizade com um conselheiro do Santos. Em seguida, Duarte já estava fazendo teste para integrar a equipe sub-15 dos Meninos da Vila. 

“Fui aprovado já no meu primeiro treino e comecei a fazer parte da equipe infantil, mesmo não podendo, pois era abaixo da idade. No entanto, aquela era a menor categoria da época. E foi aí que tudo começou”, recordou.
"Os melhores anos da minha vida"

© Arquivo pessoal/ Cortesia Ricardo durante sua época no Santos
No clube do litoral, atuou durante uma década, de 2002 a 2011, e ganhou uma família. “Criei uma vida lá dentro, tenho o time no coração. Foram os melhores anos da minha vida”.


Ao lado dos 'Meninos da Vila', o jogador viveu grandes histórias dentro dos alojamentos da academia. Algumas delas, inclusive, que podem render boas gargalhadas. “Chegava fim de semana e não tínhamos o que fazer, então tivemos a ideia de bolar um rodeio dentro da arena”, contou.

“Pegamos uns bancos para colocar em volta, fizemos um touro com um colchão e uns chifres de cunha que eu usava para tomar ‘tererê’, aí pegamos a santa que estava lá pra gente fazer as orações. Ela que fez a apresentação”, recordou o atleta.

Carille desmente boato de ‘ira’ de Gabriel no vestiário

“Reunimos todo mundo para ver o rodeio. O narrador era o Anderson Salles [risos], eu e Vladmir [goleiro reserva] éramos os palhaços, e por fim todos ajudaram. Foi um dia diferente vivido por nós, todos falaram que foi o maior evento que já tivemos no ‘aloja’ [risos]”, completou.


Amizade com Neymar: "Agora ele tá melhorzinho"

© Arquivo pessoal/ Cortesia Ricardo e Neymar na época das categorias de base
Capitão na época de Ganso e Neymar, Ricardo atuou com os jogadores em diversas ocasiões, não podendo evitar a aproximação. Dessa maneira, relembrou alguns episódios do camisa 10 da seleção, como a vez em que tomou um ‘toco’ de sua prima.

“Uma vez chamei o Neymar pra minha festa de aniversário e ele foi com o pai dele. Minha família toda estava lá. Aí quando ele viu a minha prima, ficou doidinho [risos]. Queria ‘ficar’ com ela, mas naquela época ele era muito judiado, agora tá melhorzinho...”, contou.

“Aí ele disse ‘ô monstrão, e essa prima aí? ’. Falei que ia ajeitar os dois e ele fechou. Eu juro que tentei de tudo, mas ela não quis de jeito nenhum. Creio que hoje ela se arrepende muito [risos]”, brincou o jogador.
Falta de oportunidade

© Arquivo pessoal/ Cortesia Ricardo em sua única viagem internacional com o profissional, para a Arábia Saudita
Enquanto nas categorias de base se destacava cada vez mais, no profissional o jogador não teve oportunidades e sequer entrou em campo.

“Fui capitão em todos os grupos, menos no profissional. Fiz parte da equipe principal em 2010, onde estavam muitos jogadores reconhecidos, só fera: o 'Messias' Giovanni, Robinho, Neymar, Ganso, André, Rafael, Alex Sandro e muitos outros”, disse.

“Como sempre fui capitão e ganhamos o Campeonato Paulista e o Torneio de Turim [em 2008 na Itália] com os juniores, imaginei que ao subir de nível teria uma oportunidade”, admitiu. “Fiquei muito chateado, pois só queria uma oportunidade”, completou.

Em 2011, sem ser utilizado e chegado ao fim de seu contrato, Ricardo precisou deixar o clube. “Era uma situação nova pra mim, depois de tanto tempo em um time só. Era como se fosse um recomeço”, disse.

Para chegar ao Blooming, time da primeira divisão do Campeonato Boliviano, no qual foi ídolo, o atleta jogou por outras oito equipes. “Passei pela Portuguesa Santista, Ituano, Uberaba, Rio Verde, América de Teófilo Otoni, Democrata, Penapolense. Fui para o Cartaginés, que é da Costa Rica e, por último, terminei na Bolívia”, contou.


“Tive algumas dificuldades, pois jogava quatro ou cinco meses e depois ficava desempregado. A maioria dos times não tinha calendário, então eu atuava pouco tempo e logo em seguida ficava parado”, relembrou, apontando as dificuldades de disputar divisões menores.


Nesse período, não abandonou os treinamentos, procurando estar sempre em forma para uma próxima oportunidade. “Eu treinava buscando outro clube, e a maioria deles ficava me devendo dinheiro, era uma situação bem difícil”, comentou.
Ídolo na Bolívia

© Arquivo pessoal/ Cortesia Seus tempos de brilho no Blooming, da Bolívia
Em 2016, Ricardo foi contratado pelo Blooming, a pedido de Marcelo Sória, atual treinador da seleção boliviana que precisava de um zagueiro na equipe. “Uma grande porta se abriu para mim. Fui muito bem recebido pelos torcedores e por todos que faziam parte do clube”, disse.


Com o jogador em campo, o time conseguiu passar de fase na Copa Sul-Americana, um feito que não acontecia há anos. Dessa maneira, foi demonstrando evolução e conquistando a confiança dos dirigentes e da torcida.

“Eles colocaram uma foto minha e de outros quatro atletas num mural do centro de treinamento, também recebi o Santos na academia e tive sondagens da seleção boliviana. Foi uma linda passagem”, relembrou.

Sua atuação no Santos fez com que fosse muito admirado por seus companheiros de grupo. “O treinador sempre pedia para que os mais jovens me perguntassem sobre a minha experiência em um time grande. Eles perguntavam sobre como era jogar ao lado de Neymar”, disse.

“Uma vez até pedi para o Ganso enviar um ‘saludos’ a um colega de equipe que era muito fã dele. Quando consegui o vídeo, meu amigo ficou maluco”, contou.
Final incerto 

© Arquivo pessoal/ Cortesia Ricardo atuando pelo Blooming durante temporada 2016-17
Uma história tão bonita, no entanto, teve um final incerto. Após uma temporada de sucesso, seu contrato acabou não sendo renovado e o zagueiro precisou deixar o clube, sem maiores explicações.

“Eu tive a opção para renovar e já estava até pré-acordado, mas faltando alguns dias para começar o campeonato trocaram de treinador. Ele preferiu trazer seus próprios jogadores”, explicou.

“Foi um tumulto dentro do clube, junto aos torcedores, já que nem os sócios entendiam o porquê da minha saída, já que fui um dos maiores destaques da temporada. Minha saída foi contestada por todos, pois ninguém sabe realmente qual foi o motivo”, completou.

Há dois meses sem jogar, Ricardo aproveitou o tempo de "folga" para fazer uma cirurgia no nariz, decorrente de um problema respiratório, e também para cobrar algumas pendências que ainda tem com a sua antiga equipe.

“Ainda estou na Bolívia e vou tentar cobrar o que me devem, que é um total de três meses”, revelou o jogador, que disse estar sendo sondado por clubes internacionais.
EX-CAPITÃO DE MENINOS DA VILA LEMBRA DE QUANDO NEYMAR LEVAVA ‘TOCO’ EM FESTAS: ‘AGORA ELE TÁ MELHORZINHO’. EX-CAPITÃO DO SANTOS NAS CATEGORIAS DE BASE, O ZAGUEIRO RICARDO DUARTE ATUOU AO LADO DE GRANDES NOMES DO FUTEBOL BRASILEIRO COMO GANSO E NEYMAR. DEPOIS DE RODAR POR MUITOS CLUBES NA CARREIRA, ELE VIROU ÍDOLO NA BOLÍVIA, MAS HOJE LUTA CONTRA O DESEMPREGO. NASCIDO EM NOVA ANDRADINA, CIDADE LOCALIZADA NO INTERIOR DO MATO GROSSO DO SUL, O DEFENSOR FOI TENTAR A VIDA NA CAPITAL PAULISTA COM APENAS 13 ANOS DE IDADE. EX-CAPITÃO DE MENINOS DA VILA LEMBRA DE QUANDO NEYMAR LEVAVA ‘TOCO’ EM FESTAS: ‘AGORA ELE TÁ MELHORZINHO’. EX-CAPITÃO DO SANTOS NAS CATEGORIAS DE BASE, O ZAGUEIRO RICARDO DUARTE ATUOU AO LADO DE GRANDES NOMES DO FUTEBOL BRASILEIRO COMO GANSO E NEYMAR. DEPOIS DE RODAR POR MUITOS CLUBES NA CARREIRA, ELE VIROU ÍDOLO NA BOLÍVIA, MAS HOJE LUTA CONTRA O DESEMPREGO.  NASCIDO EM NOVA ANDRADINA, CIDADE LOCALIZADA NO INTERIOR DO MATO GROSSO DO SUL, O DEFENSOR FOI TENTAR A VIDA NA CAPITAL PAULISTA COM APENAS 13 ANOS DE IDADE. Reviewed by BLOG Catende No Rastro da Notícia on 21:54:00 Rating: 5

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