"Eu sou a única que tenho isso", conta a russa Virsaviya "Bathsheba" Borun-Goncharova, de 7 anos / Foto: Instagram

Rússia

Conheça a garota de 7 anos que vive com o coração fora do peito

Publicado em 17/02/2017 , às 18 h46

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"Eu sou a única que tenho isso", conta a russa Virsaviya "Bathsheba" Borun-Goncharova, de 7 anosFoto: Instagram

Ela vive como qualquer outra menina, mas uma anormalidade a faz se tornar especial. "Eu sou a única que tenho isso", conta a russa Virsaviya "Bathsheba" Borun-Goncharova, de 7 anos, sobre o coração que pulsa fora do peito.

A garota, que tem a síndrome tóraco abdominal ou Pentalogia de Cantrell, carrega no peito o órgão do tamanho de um punho e está fora desde que nasceu. Por conta da condição rara, ela não pode fazer outras atividades do dia a dia. "Eu ando, salto, voo, corro, eu não deveria correr, mas eu adoro", detalha a menina que só veste roupas leves para não machucar o coração.

"Eu gosto de desenhar Jesus, póneis e anjos. Eu não vou para a escola e nem para o balé, mas eu quero praticar em casa", deseja a pequena que tem a anormalidade que ocorre de 1 em um milhão de nascimentos. Quem a olha pode ver o coração batendo embaixo da caixa torácica, protegido apenas por uma camada fina da pele.

Os médicos avisaram a mãe, Dari Borun, que se preparasse para o pior. "Os médicos me disseram que Virsaviya tinha uma condição muito rara e que ela não iria sobreviver. Quando vi pela primeira vez como o coração dela batia, ficou claro para mim que era algo especial", lembra.

Veja alguns vídeos:

Na esperança de que pudesse passar por uma cirurgia, Dari embarcou com a filha para os Estados Unidos. Lá, a mãe foi informada de que a pressão alta da pequena seria o entrave para que não passasse pelo procedimento. "Nós viemos da Rússia para os EUA, mas quando os médicos a verificaram, disseram que não podiam ajudá-la. Eu fiquei muito chateada porque eles continuavam me dizendo que ela morreria em breve", lamentou a mãe.

Morando em Hollywood, a família agora aguarda os efeitos dos medicamentos na esperança de que a pressão se normalize para que a menina seja operada. "Não é fácil para Virsaviya viver com o coração para fora, porque ele é realmente frágil. Ela tem que ter cuidado, pois é claro que ela pode cair e isso é muito perigoso. Ela pode morrer por causa disso", conta Dari.

Os médicos acreditam que a garota vai passar por algumas cirurgias ao longo da vida.