DESEMPREGADO, CONTADOR VENDE BOLOS ATÉ CONSEGUIR SE RECOLOCAR NO MERCADO. LEONARDO POTENGY FOI DEMITIDO NO FIM DE 2014 E TEVE DE EMPREENDER PARA PAGAR AS CONTAS; EM POUCO MAIS DE 1 ANO, FECHOU AS PORTAS DO NEGÓCIO E VOLTOU A SER FUNCIONÁRIO. EM MAIO DE 2014 LEONARDO POTENGY RECEBEU UMA OFERTA IRRECUSÁVEL: DEIXAR A EMPRESA ONDE TRABALHAVA HÁ TRÊS ANOS PARA ASSUMIR UMA POSIÇÃO DE GERÊNCIA NA ÁREA DE GOVERNANÇA DA SARAIVA, POR UM SALÁRIO QUASE 50% MAIOR. CINCO MESES DEPOIS, PORÉM, A VAREJISTA TEVE QUE FAZER UMA REESTRUTURAÇÃO E ELE ENTROU NA LISTA DE CORTE. POTENGY, HOJE COM 42 ANOS, TINHA ACABADO DE COMPRAR UM APARTAMENTO E SÓ TINHA RESERVAS PARA FICAR SEIS MESES DESEMPREGADO. O TEMPO PASSOU E O DINHEIRO ACABOU. VENDEU O CARRO E, NA BUSCA POR ALGUMA RENDA, COMEÇOU A FAZER BOLOS PARA FORA. "NÃO ADIANTAVA CHORAR, EU TINHA QUE PENSAR EM OUTRO PLANO."



Desempregado, contador vende bolos até conseguir se recolocar no mercado

Leonardo Potengy foi demitido no fim de 2014 e teve de empreender para pagar as contas; em pouco mais de 1 ano, fechou as portas do negócio e voltou a ser funcionário.


Por Luísa Melo, G1

19/08/2017 08h26 Atualizado há 50 minutos


O contador Leonardo Potengy, de 42 anos, abriu uma fábrica de bolos para pagar as contas quando foi demitido (Foto: Fabio Tito/G1)

Em maio de 2014 Leonardo Potengy recebeu uma oferta irrecusável: deixar a empresa onde trabalhava há três anos para assumir uma posição de gerência na área de governança da Saraiva, por um salário quase 50% maior. Cinco meses depois, porém, a varejista teve que fazer uma reestruturação e ele entrou na lista de corte.


Potengy, hoje com 42 anos, tinha acabado de comprar um apartamento e só tinha reservas para ficar seis meses desempregado. O tempo passou e o dinheiro acabou. Vendeu o carro e, na busca por alguma renda, começou a fazer bolos para fora.

"Não adiantava chorar, eu tinha que pensar em outro plano."


O contador é um dos brasileiros que abriram um negócio por necessidade durante a crise econômica (veja vídeo abaixo). "Eu moro sozinho. Se fico desempregado, minha renda é 100% afetada. E só a prestação do apartamento era R$ 3,7 mil", conta Potengy.




Negócios da crise: empreender vira saída para desemprego no país


O G1 vai contar nos próximos dias histórias de sucesso e fracasso dos negócios criados na crise em uma série de reportagens.




A empresa de Potengy nasceu e morreu durante a crise econômica. O contador voltou ao mercado de trabalho quando teve oportunidade e fechou a loja de bolos (leia a história abaixo).


Abertura da empresa

A ideia de abrir uma empresa de bolos veio depois que Potengy começou a cozinhar em casa para economizar. Acabou tomando gosto, especialmente pela confeitaria.


"Fiz um de macadâmia com pudim de doce de leite que meus amigos adoraram e eles sugeriram que eu abrisse uma loja", conta.


O contador comprou uma batedeira, formas, contratou uma agência para criar uma logomarca e abriu um registro de Microempreendedor Individual (MEI). Gastou, ao todo, cerca de R$ 5 mil e, em novembro de 2015, nasceu a FlanCake.


Potengy fazia tudo sozinho, em casa, em São Paulo, e vendia pela internet e nas redondezas de onde morava.


No segundo mês de operação, em dezembro, ele conseguiu vender R$ 1,5 mil em bolos, sem descontar os custos. Ficou tão animado com o resultado que deixou de buscar emprego e foi participar de programas de empreendedorismo, em órgãos como Sebrae e Serasa.


Bolo produzido por Leonardo Potengy na 'FlanCake' (Foto: Divulgação)


Poucas vendas, muitas dívidas



Como empreendedor, Potengy logo descobriu os desafios de manter um negócio durante a crise econômica. A procura pelos bolos caiu no começo de 2016 e o lucro da FlanCake estava muito longe dos mais de R$ 25 mil que ele ganhava como executivo.


Com quase meio milhão de dívidas acumuladas, teve que colocar o apartamento à venda. "Teve meses em que não vendi quase nada e não apareciam nem interessados em ver o apartamento. Cheguei a ficar com sete prestações atrasadas", conta.



Em dezembro do ano passado, o banco deu um ultimato. Se Potengy não quitasse uma dívida de R$ 45 mil em 48 horas, o apartamento iria a leilão. "Tive que contar com a ajuda dos amigos e consegui o dinheiro em duas horas. Na dificuldade você vê quem está do seu lado", lembra.


Pressionado pelas dívidas, Potengy concluiu que o negócio próprio não era a solução para o seu problema. A partir daí, passou a procurar empregos inferiores ao que tinha antes de ser demitido e reduziu o preço de venda do imóvel.


Com o negócio próprio em dificuldades, Leonardo Potengy começou a procurar vagas de emprego inferiores à que ocupava antes de ser demitido (Foto: Fabio Tito/G1)


Empresa acabou, experiência ficou


Em fevereiro deste ano, Potengy conseguiu um emprego – para ganhar metade do que seu salário anterior – e fechou as portas da FlanCake. No mesmo mês, vendeu o apartamento, quitou as dívidas com os amigos e renegociou seus empréstimos com os bancos.



"Fiquei zerado, mas foi um recomeço, uma nova vida".




A FlanCake viveu pouco – um ano e dois meses. Essa trajetória relâmpago é muito comum no país. Dados do Sebrae mostram que 23% das pequenas empresas brasileiras fecham as portas nos dois primeiros anos.


Da loja de bolos, Potengy ficou com a experiência. Ao empreender, viu como diversos setores de uma empresa funcionam na prática, algo que, diz ele, fez bem para o seu currículo.




"Vi como é difícil vender, como é preciso dar suporte para o cliente, como se negocia prazo com fornecedores, como se cobra aquele amigo que não te pagou. Hoje sou um profissional mais completo e tenho visão de dono da empresa em que trabalho".



O contador Leonardo Potengy diz que ficou com 'visão de dono' após abrir negócio (Foto: Fabio Tito/G1)


Recomeço


Potengy mudou de vida depois da crise. Não quer mais imobilizar seu dinheiro em carro ou casa própria e agora faz uma reserva para emergências. "Ainda tenho amigos desempregados, tenho medo de passar por isso de novo, então economizo cerca de 30% do meu salário".


Voltar a ter um negócio não está nos seus planos de curto prazo, mas pode ser uma opção no futuro. "Talvez quando eu estiver melhor estruturado e capitalizado, como um 'plano B'. Ou próximo da aposentadoria, como um complemento de renda", afirma.


Veja as outras histórias que o G1 vai contar nos próximos dias:
DESEMPREGADO, CONTADOR VENDE BOLOS ATÉ CONSEGUIR SE RECOLOCAR NO MERCADO. LEONARDO POTENGY FOI DEMITIDO NO FIM DE 2014 E TEVE DE EMPREENDER PARA PAGAR AS CONTAS; EM POUCO MAIS DE 1 ANO, FECHOU AS PORTAS DO NEGÓCIO E VOLTOU A SER FUNCIONÁRIO. EM MAIO DE 2014 LEONARDO POTENGY RECEBEU UMA OFERTA IRRECUSÁVEL: DEIXAR A EMPRESA ONDE TRABALHAVA HÁ TRÊS ANOS PARA ASSUMIR UMA POSIÇÃO DE GERÊNCIA NA ÁREA DE GOVERNANÇA DA SARAIVA, POR UM SALÁRIO QUASE 50% MAIOR. CINCO MESES DEPOIS, PORÉM, A VAREJISTA TEVE QUE FAZER UMA REESTRUTURAÇÃO E ELE ENTROU NA LISTA DE CORTE. POTENGY, HOJE COM 42 ANOS, TINHA ACABADO DE COMPRAR UM APARTAMENTO E SÓ TINHA RESERVAS PARA FICAR SEIS MESES DESEMPREGADO. O TEMPO PASSOU E O DINHEIRO ACABOU. VENDEU O CARRO E, NA BUSCA POR ALGUMA RENDA, COMEÇOU A FAZER BOLOS PARA FORA. "NÃO ADIANTAVA CHORAR, EU TINHA QUE PENSAR EM OUTRO PLANO." DESEMPREGADO, CONTADOR VENDE BOLOS ATÉ CONSEGUIR SE RECOLOCAR NO MERCADO.  LEONARDO POTENGY FOI DEMITIDO NO FIM DE 2014 E TEVE DE EMPREENDER PARA PAGAR AS CONTAS; EM POUCO MAIS DE 1 ANO, FECHOU AS PORTAS DO NEGÓCIO E VOLTOU A SER FUNCIONÁRIO. EM MAIO DE 2014 LEONARDO POTENGY RECEBEU UMA OFERTA IRRECUSÁVEL: DEIXAR A EMPRESA ONDE TRABALHAVA HÁ TRÊS ANOS PARA ASSUMIR UMA POSIÇÃO DE GERÊNCIA NA ÁREA DE GOVERNANÇA DA SARAIVA, POR UM SALÁRIO QUASE 50% MAIOR. CINCO MESES DEPOIS, PORÉM, A VAREJISTA TEVE QUE FAZER UMA REESTRUTURAÇÃO E ELE ENTROU NA LISTA DE CORTE.   POTENGY, HOJE COM 42 ANOS, TINHA ACABADO DE COMPRAR UM APARTAMENTO E SÓ TINHA RESERVAS PARA FICAR SEIS MESES DESEMPREGADO. O TEMPO PASSOU E O DINHEIRO ACABOU. VENDEU O CARRO E, NA BUSCA POR ALGUMA RENDA, COMEÇOU A FAZER BOLOS PARA FORA.  "NÃO ADIANTAVA CHORAR, EU TINHA QUE PENSAR EM OUTRO PLANO." Reviewed by BLOG Catende No Rastro da Notícia on 17:33:00 Rating: 5

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