FORA TEMER E DIRETAS JÁ. POR QUE NÃO? PARA O SOCIÓLOGO EMIR SADER, "A CONTINUIDADE DE MICHEL TEMER NUNCA ESTEVE TÃO AMEAÇADA"; "AÍ VEM O MOMENTO DAS DIRETAS JÁ, UNIDAS AO REFERENDO DE REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS ANTIPOPULARES, ANTIDEMOCRÁTICAS E ANTINACIONAIS IMPOSTAS PELO GOVERNO E PELO CONGRESSO, E DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE, QUE RECOMPORÁ A REPÚBLICA, O SISTEMA DEMOCRÁTICO E O PRÓPRIO ESTADO, DESTRUÍDOS PELO GOLPE", VISLUMBRA O COLUNISTA, ÀS VÉSPERAS DA VOTAÇÃO DA SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA O PEEMEDEBISTA; "PODE ESTAR VOLTANDO UMA NOVA CONJUNTURA EM QUE SEJA POSSÍVEL ABREVIAR OS SOFRIMENTOS DO POVO E OS DESGASTES DO PATRIMÔNIO NACIONAL, ABREVIAR O TEMPO DO GOLPE E RECUPERAR A DEMOCRACIA. POR QUE NÃO?".
Para o sociólogo Emir Sader, "a continuidade de Michel Temer nunca esteve tão ameaçada"; "Aí vem o momento das DIRETAS JÁ, unidas ao referendo de revogação das medidas antipopulares, antidemocráticas e antinacionais impostas pelo governo e pelo Congresso, e da Assembleia Constituinte, que recomporá a República, o sistema democrático e o próprio Estado, destruídos pelo golpe", vislumbra o colunista, às vésperas da votação da segunda denúncia contra o peemedebista; "Pode estar voltando uma nova conjuntura em que seja possível abreviar os sofrimentos do povo e os desgastes do patrimônio nacional, abreviar o tempo do golpe e recuperar a democracia. Por que não?".
Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros
Fora Temer e Diretas Já. Por que não?17 de Outubro de 2017
Temer tem cada vez mais dificuldades para comprar parlamentares em quantidade suficiente para se safar de novo de processo que pode levá-lo a, finalmente, ter que abandonar o cargo a que chegou por um golpe aventureiro. O bloco de direita se sente cada vez mais incomodo em tê-lo à cabeça do seu projeto de recomposição neoliberal. As acusações se acumulam, o descontentamento popular mais ainda. Seu sucessor eventual, Rodrigo Maia, mesmo se o preferido da Globo, terá muitas dificuldades em conseguir sucedê-lo, até porque a gangue que está com Temer necessita de muitas garantias de manutenção da impunidade, para aceitar deixar o governo. As bancadas se vendem de um lado e do outro, a preços cada vez mais altos. Em suma, nada é claro, mas a continuidade de Temer nunca esteve tão ameaçada.
Caso, pelas contradições internas, por aventurarem-se a uma nova operação de substituição de quem encabeça o golpe de destruição do país, Temer não se sustente, é hora de retomar o coro que permeia todo o Brasil há tanto tempo: FORA TEMER! Não para ser substituído por um Temer 2, que será objeto do mesmo coro rapidamente e tentará dar seguimento à rapina do país, à destruição dos direitos do povo.
Aí vem o momento das DIRETAS JÁ, unidas ao referendo de revogação das medidas antipopulares, antidemocráticas e antinacionais impostas pelo governo e pelo Congresso, e da Assembleia Constituinte, que recomporá a República, o sistema democrático e o próprio Estado, destruídos pelo golpe. Por que não?
É preciso arrebatar de vez a iniciativa das mãos da direita. É preciso promover um imenso movimento democrático, com um profundo conteúdo social e nacional, em que o povo expresse que não aguenta mais, que não suporta mais sofrer o que está sofrendo com o desemprego, o achatamento salarial, a recessão, a perda de direitos. Sem impor uma derrota à direita, não se conseguirá uma solução democrática à crise.
É preciso derrotar a direita, aproveitar sua divisão ocasional, o descontentamento popular, as mobilizações que as caravanas promovem, para tirar da imobilidade a grande massa da população, descontente, mas ainda sem capacidade de sair para lutar pelos seus direitos. O que Lula faz em São Paulo é decisivo para o futuro do Brasil. Pode-se ganhar eleições sem uma maioria em São Paulo. Mas só se terá imposto uma derrota profunda e duradoura à direita, derrotando-a também em São Paulo.
Para o que é indispensável despertar a indignação e a esperança na massa do povo, para o que é fundamental ganhar a batalha das ideias, contra o monopólio privado dos meios de comunicação. Recuperar a esperança, mas também a ideia de que outra forma de fazer política é possível, assim como recuperar a ideia de que o Estado tem que voltar a ter um papel essencial no desenvolvimento econômico e na distribuição de renda. Recuperar a ideia de um Estado democrático, com profundo sentido social e nacional.
Pode estar voltando uma nova conjuntura em que seja possível abreviar os sofrimentos do povo e os desgastes do patrimônio nacional, abreviar o tempo do golpe e recuperar a democracia. Por que não?
FORA TEMER E DIRETAS JÁ. POR QUE NÃO? PARA O SOCIÓLOGO EMIR SADER, "A CONTINUIDADE DE MICHEL TEMER NUNCA ESTEVE TÃO AMEAÇADA"; "AÍ VEM O MOMENTO DAS DIRETAS JÁ, UNIDAS AO REFERENDO DE REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS ANTIPOPULARES, ANTIDEMOCRÁTICAS E ANTINACIONAIS IMPOSTAS PELO GOVERNO E PELO CONGRESSO, E DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE, QUE RECOMPORÁ A REPÚBLICA, O SISTEMA DEMOCRÁTICO E O PRÓPRIO ESTADO, DESTRUÍDOS PELO GOLPE", VISLUMBRA O COLUNISTA, ÀS VÉSPERAS DA VOTAÇÃO DA SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA O PEEMEDEBISTA; "PODE ESTAR VOLTANDO UMA NOVA CONJUNTURA EM QUE SEJA POSSÍVEL ABREVIAR OS SOFRIMENTOS DO POVO E OS DESGASTES DO PATRIMÔNIO NACIONAL, ABREVIAR O TEMPO DO GOLPE E RECUPERAR A DEMOCRACIA. POR QUE NÃO?".
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